terça-feira, 27 de julho de 2010

Doença Mental e Cura na Umbanda


José Guilherme Cantor Magnani
Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo







INTRODUÇÃO.
Dona Teresa estava louca. Além de há muito tempo não realizar mais as tarefas domésticas, quando tinha seus acessos assumia atitudes muito estranhas: no meio da noite saía seminua a provocar os homens em bares, fazia as necessidades fisiológicas por toda a casa, entrava em supermercados, onde enchia o carrinho de mercadorias e, na hora de pagar, atirava-os para o alto, aos gritos. Não conseguia mais dormir e perdera a memória: não reconhecia nem mesmo os próprios filhos.

Seus familiares tinham experimentado de tudo, sem sucesso. Internada em diversos hospitais psiquiátricos, onde fora submetida aos tratamentos habituais, apresentava ainda sinais e feridas causados pelas ataduras com que era sujeitada, cada vez que entrava em estado de agitação. Já sem esperança, marido e filhos resolveram, então, seguir a indicação de um conhecido e a levaram ao terreiro de umbanda "Tenda de Umbanda Caboclo Trovejeiro" da mãe-de-santo "madrinha" Lourdes, localizado em Pirituba, bairro de periferia na zona oeste da cidade de São Paulo.

Como este, são incontáveis os casos de pessoas que, por motivo de doença, conflitos familiares, questões afetivas, problemas econômicos e distúrbios psíquicos, recorrem aos cultos denominados afro-brasileiros - entre os quais se enquadra a Umbanda - em busca de alívio para as mazelas do corpo e aflições da alma. As dimensões deste fenômeno - para muitos, indicativo do grau de atraso, abandono e ignorância das camadas mais baixas da população - podem ser avaliadas pelo número de casas de culto: só no município de São Paulo, e contando apenas os devidamente registrados, existem atualmente cerca de 18.000 terreiros de umbanda, candomblé e centros espíritas.

A disseminação destas e outras formas de religiosidade popular tem levado alguns estudiosos a vinculá-la às condições de vida da população de baixa renda nos grandes centros urbanos. Sujeita a uma intensa rotatividade no mercado de trabalho, confinada a bairros de difícil acesso e carente dos recursos mais essenciais, essa população vê-se compelida a montar estratégias capazes de articular os escassos rendimentos com suas necessidades básicas, a fim de garantir a sobrevivência. Uma dessas estratégias seria fornecida pelo atendimento oferecido por diferentes cultos religiosos que constituem de certa forma uma alternativa à deficiente rede pública hospitalar.

Cabe assinalar, contudo, que não apenas pessoas oriundas dos estratos mais pobres freqüentam os centros umbandistas. A presença de membros das camadas médias, por exemplo - evidentemente com acesso aos serviços médicos convencionais - torna insuficiente a explicação do florescimento de tais cultos por fatores como a pobreza ou ignorância de seus freqüentadores. Certamente ligada à insegurança produzida pelas duras condições de vida, a resposta mágico-religiosa a problemas como desemprego, perturbações mentais, doenças físicas, dificuldades na relações interpessoais, etc., não se restringe à busca de solução para questões concretas e imediatas: quando se recorre às práticas religiosas, busca-se algo mais.

A religião, antes de mais nada, oferece um conjunto de certezas que constituem pontos de referência diante da imprevisibilidade da vida cotidiana. Se nem sempre evita o sofrimento, torna-o inteligível, dá-lhe um significado. Princípio integrador de acontecimentos que em sua incoerência se apresentam como insuportáveis, propicia a introdução de uma ordem no caos. E é aqui onde reside uma diferença fundamental entre a prática médica oficial e as práticas alternativas, particularmente as que se vinculam a sistemas religiosos como é o caso da Umbanda. Enquanto a primeira tende cada vez mais à especialização e tecnificação - separando, dividindo, classificando - estas últimas oferecem um princípio integrador.

Analisar a composição química das folhas, raízes e ervas empregadas em banhos e infusões; estudar o papel terapêutico da música e da dança; entender o fluxo energético contido nos passes e defumações - elementos utilizados pelas práticas curativas umbandistas - se de um lado podem trazer algum conhecimento sobre sua eficácia deixam, contudo, escapar o essencial: essa, com efeito, reside menos nas propriedades dos objetos e gestos mobilizados durante os rituais do que na referência a um sistema mais abrangente que, antes de mais nada, define o que é doença e fundamenta as práticas de cura. Pensar, pois, a questão da doença e da cura no interior do culto umbandista implica levar em consideração sua cosmologia, seu ritual, a prática de seus agentes.






Portanto, antes do relato do tratamento da dona Teresa, fazem-se necessárias alguma referências ainda que sumárias sobre os fundamentos da Umbanda.



UMBANDA: PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS
Não cabe, nos limites deste artigo, uma descrição pormenorizada da religião umbandista, principalmente porque isto implicaria expor e analisar os complexos laços que mantém com outras religiões e cultos que lhe serviram de matrizes, no passado, e com aqueles com que estabelece, no presente, relações de troca ou competição. Limitar-me-ei, por conseguinte, aos elementos que permitirão o entendimento do seu sistema de classificação das doenças e do próprio ritual mobilizado na cura de dona Teresa.
Tal como ocorre nos demais cultos de possessão que, em graus diferentes, estão em sua base, como o Candomblé e o Espiritismo, a pedra angular da Umbanda é a comunicação entre a esfera do sobrenatural e o mundo dos homens, através da incorporação das entidades espirituais num grupo e no corpo dos iniciados. Apresenta, contudo, algumas particularidades que a diferenciam daqueles cultos.

No Candomblé, por exemplo, as entidades - orixás - não são consideradas espíritos de mortos, mas reis, princesas e heróis divinizados que representam forças da natureza (Iansã, os ventos, a tempestade; Iemanjá, o mar; Ossãe, as folhas e plantas; Oxum, os rios e cascatas, etc.); atividades humanas (Oxossi, a caça; Ogum, a guerra e a metalurgia; Omulu, a medicina); virtudes e paixões (Xangô, a justiça, Oxum, o amor e o ciúme; Oxalá, a sabedoria), etc., cujas ações se desenrolaram num tempo mítico.






Na Umbanda, as entidades são considerados espíritos de mortos que descem do astral onde habitam para o planeta terra - visto como lugar de expiação - onde, através da ajuda dos mortais, ascendem em seu processo evolutivo em busca da perfeição. Tal concepção, tributária da doutrina do carma, apresenta, contudo, algumas diferenças com relação ao Espiritismo kardecista: enquanto para este último os espíritos que descem nas sessões são individualizados e reconhecidos pela história de suas vidas passadas, as entidades umbandistas constituem categorias mais genéricas, onde a referência à vida pessoal é substituída por representações como, por exemplo, caboclos e pretos-velhos.

Perdida a lembrança dos traços individualizadores, os espíritos de velhos escravos e índios assumem o papel de antepassados de etnias africanas e indígenas, sendo representadas por uma série de marcas correspondentes a uma visão que se generalizou através de tradições orais e da escrita: a figura altiva do índio, amante da liberdade, popularizada pela corrente indianista da literatura romântica; o aspecto humilde do preto-velho, sábio e compreensivo com as misérias humanas e o sofrimento, visão idealizada sobre velhos escravos e escravas conhecedores de segredos, remédios e também poderosas magias empregadas contra os senhores brancos.

Nos três casos citados - Candomblé, Espiritismo, Umbanda - o caráter do transe é diferente: no Candomblé, ele é regulado por um conjunto de mitos que contam as sagas dos deuses e que os iniciados repetem, através da coreografia, cânticos e roupas, representando assim, uma história muito antiga, mítica. No Espiritismo kardecista, os médiuns emprestam seu corpo, sua voz, sua matéria, enfim, para que mortos possam continuar comunicando-se com os parentes, amigos, discípulos.

Na Umbanda, o transe não é nem estritamente individual nem propriamente uma representação com a profundidade dos mitos, mas a atualização de fragmentos de uma história mais recente através de personagens tais como foram conservados na memória popular: o caboclo Tupinambá, ou o pai Joaquim de Angola, quando descem, não são a representação deste ou aquele indivíduo em particular, mas uma representação genérica e estereotipada de índios brasileiros, escravos africanos e outros personagens liminares (Turner, 1974) presentes em diferentes contextos históricos e sociais brasileiros.

As entidades umbandistas são, portanto, espíritos de mortos - ainda que não individualizados - para quem a missão de ajudar os homens é um meio de expiar faltas passadas de acordo com a doutrina do carma e assim progredir em busca da perfeição. Tem-se, assim, a crença na comunicação concreta e real entre o mundo dos vivos e dos mortos; estes o fazem em virtude da necessidade de evoluir espiritualmente, para o quê necessitam da materialidade do corpo físico dos iniciados.

As entidades dividem-se, basicamente, em espíritos de luz (ou da direita) e espíritos não evoluídos (ou da esquerda). Tanto uns como outros encontram-se em diferentes estágios de progresso espiritual: os mais atrasados na escala evolutiva, muito próximos ainda da matéria são os exus, cuja representação iconográfica os aproximaria da figura do diabo da tradição cristã. No panteão do candomblé, porém, Exu é considerado o orixá que estabelece mediação entre o mundo dos homens e o dos deuses: não evoca o mal, mas a ambigüidade, a passagem, a comunicação. Na Umbanda, o correspondente feminino de exu é a pomba-gira, que geralmente assume a forma estereotipada da prostituta.

Exus e pombas-gira são antes representações coletivas do que espíritos individuais; para se designar espíritos de mortos individualizados usa-se o termo eguns. Estes, antes de iniciar seu processo evolutivo - neste caso considera-se que permanecem vagando, podendo inclusive afetar as pessoas - são nomeados pelo termo quiumbas. Não provocam transe mas, como se verá, uma perturbação.

Os espíritos de luz, que trabalham na direita, quando baixam no terreiro e se apossam do corpo dos médiuns, assumem posturas corporais e exibem adornos que permitem identificar sua origem: são os já citados caboclos, pretos-velhos, marinheiros, etc. Cada uma dessas categorias, agrupadas em linhas, atendem a pedidos específicos, "especializam-se" em determinadas doenças e problemas. Assim, por exemplo, exus e pombas-gira atendem a casos que envolvem dinheiro, sexo, desavenças de ordem afetiva; espíritos de luz, como caboclos e pretos velhos não se envolvem com tal tipo de questões: dão conselhos, receitam remédios de ervas e raízes, insistem no fortalecimento espiritual, abrem caminhos.

Tais categorias são fundamentais para se compreender a classificação das doenças, na Umbanda, e os processos de cura. Assim, costuma-se distinguir, em primeiro lugar, as doenças cármicas: são as decorrentes de uma provação pela qual a pessoa deve passar em razão de faltas não expiadas que seu espírito, do qual o corpo é mero invólucro, tenha cometido em vidas anteriores. Neste caso resta apenas resignar-se porque da aceitação do sofrimento presente depende a evolução do espírito rumo à perfeição. Geralmente tal tipo de explicação aplica-se a enfermidades congênitas.
Em alguns casos as perturbações, tanto físicas como mentais - fraqueza, desmaios, dores de cabeça, visões, convulsões - são consideradas não doenças propriamente ditas, mas sintomas de mediunidade. A pessoa que possui essa capacidade e não sabe, ou se sabe e não quer aceitá-la pode sofrer uma série de distúrbios interpretados como resistência a dar passagem à entidade espiritual que a escolheu como instrumento para sua missão na terra.

Há também perturbações causadas por outras pessoas: são o resultado de influências negativas por causa da inveja nas relações afetivas, profissionais e também por causa de feitiços e encantamentos encomendados por desafetos. Se no primeiro caso o malefício é interpretado como resultado de fluidos negativos, no segundo é produzido diretamente pela manipulação de forças espirituais através de ritos e objetos mágicos.

Finalmente, há as doenças causadas por encosto: no último plano da escala evolutiva estão espíritos ainda sem luz, os quiumbas, que vagam sem destino e podem apossar-se das pessoas (nas quais encostam). Quando isto acontece, essas pessoas ficam perturbadas, com dores de cabeça, desmaios, compulsão ao suicídio, têm convulsões e até mesmo distúrbios físicos. Se o encosto chega a dominá-las completamente, trata-se de uma obsessão: ele toma o lugar do espírito da pessoa o que pode acarretar perturbações mais sérias e até levar à morte. Segundo as palavras de uma mãe-de-santo entrevistada,


"... é os que vem com encosto, pra eles sair, deixam desmaiado... porque esses que às vezes estão doente, que não tem cura, que os médicos estão procurando saber é porque eles não estão com seu espírito, o espírito deles está vagando e o que está é aquele companheiro morto, é um guia ruim morto, e como é que eles (os médicos) vão achar, eles não podem achar, eles ficam procurando e dizem 'você não tem nada', não tem nada naquela matéria. Porque é um espírito que está vagando, que está ali, no pé dele... A Raimunda, ela passou dezessete dias nas (Hospital das) Clínicas, mal, mal, e os médicos não estavam mais dando vida pra ela, ela só ficou boa quando fiz o levantamento dentro das Clínicas, chamei o espírito dela, tirei aquele que estava vagando com ela, trouxe prá cá e fiz transporte aqui no terreiro mesmo, na gira, foi aí que deu três dias e ela recebeu alta: ela não abria os olhos, não falava mais. Enquanto não tirar (o espírito obsessor) pode até morrer, porque taca remédio sem aquela matéria precisar, não é? aí toma aqueles remédios, injeção, operação, duas, três operação, eles queriam operar e eu disse não opera e dito e feito, não precisou, até hoje". (Gilda Alves, mãe-de-santo da "Tenda de Umbanda Caboclo Sete Flechas")



DOENÇA E CURA
Tendo em vista que para os umbandistas corpo e mente constituem uma unidade, pertencente ao mundo físico e contraposta ao plano espiritual, cósmico, a doença mental surge sempre no discurso sobre doença de forma geral. Encostos, faltas não expiadas em outras encarnações, mediunidade não desenvolvida, más influências de terceiros, trabalhos feitos - tudo isso pode acarretar perturbações tanto no corpo como na mente. Por outro lado, sendo a terra "um planeta de trevas, de expiação, de sofrimentos, por isso o mal predomina nos espíritos reencarnados neste mundo: somos imperfeitos, isto é, somos maus, orgulhosos, odientos, vaidosos, vingativos, ciumentos, invejosos e temos faltas a redimir provindas das encarnações anteriores", de acordo com as palavras de um líder umbandista , a humanidade está sujeita a toda sorte de más influências que afetam as pessoas mais fracas, sem a cobertura e proteção dos guias.
A existência do mal no mundo, que para os adeptos mais intelectualizados da Umbanda é resultado da posição inferior que a terra ocupa no plano evolutivo cósmico, no discurso de pais e mães-de-santo de terreiros mais populares aparece vinculada a problemas muito concretos que afetam a vida de seus clientes: dificuldades econômicas, conflitos familiares, desemprego, e outros:


"...às vezes está desempregado, já está biruta, falando sozinho, aí a gente diz: 'Filho, você precisa de arrumar um emprego, eu vou arrumar prá você um emprego' - já fica alegre, no outro dia volta, eles chegam com a carteira (profissional), os orixás benzem aquela carteira, eles saem com aquela fé e arruma no mesmo dia, no outro dia volta a trabalhar, já então deixa de pegar a loucura, porque já vai trabalhar, e não pensa mais nisso" (Gilda Alves, mãe-de-santo).

Neste caso, a doença mental, ainda que sempre referida ao plano espiritual, não está diretamente vinculada à interferência dos fatores sobrenaturais, mas é conseqüência de conflitos e dificuldades bem prosaicos. Nos terreiros mais populares não há a preocupação globalizante do discurso dos intelectuais umbandistas que procuram relacionar tudo ao plano cósmico e para quem a desordem se situa no desajuste entre este plano e a esfera dos mortais. Mais colados ao cotidiano de seus consulentes, seu móvil é menos a coerência doutrinária que a busca de alívio para os problemas concretos e existenciais daqueles que os procuram.
A primeira conclusão a que se pode chegar sobre o caráter da doença na concepção e prática umbandistas é que as perturbações, sejam físicas ou mentais, estão sempre relacionadas com o plano espiritual: de forma explícita, no discurso dos intelectuais e dirigentes da Federações Espíritas, portadores de uma doutrina mais elaborada; nos terreiros mais populares essa relação é mais difusa e fragmentária. Algumas, como as doenças de origem cármica e as perturbações consideradas sintomas de mediunidade, são diretamente produzidas pela interferência do plano cósmico na vida dos mortais.

As doenças decorrentes de encostos, trabalhos feitos e fluidos negativos de outras pessoas, ainda que induzidos pela ação de terceiros, de uma forma ou outra passam pela mediação da esfera espiritual: o encosto é a alma de algum morto, geralmente próximo ao enfermo (parente, colega) que por ignorância ou vingança apossa-se dele; os trabalhos feitos supõem manipulação de forças e entidades espirituais através de determinados ritos e as más influências são consideradas irradiações fluídicas maléficas.

Vejamos mais de perto o caso das perturbações produzidas por encostos. Aparecem repentinamente: a pessoa está bem e, de um momento para outro, começa a ter visões, idéias compulsivas de suicídio, surtos temporários de loucura - brigas com familiares, acessos de fúria com quebra de objetos em casa - ou é acometida inexplicavelmente por algum mal físico.

A primeira providência a ser tomada é identificar que tipo de espírito está encostado, pois o processo da cura dependerá de sua natureza: geralmente entram na categoria de quiumbas, isto é, espíritos sem luz, atrasados. Pertenceram a pessoas que se dedicaram, na terra, a fazer o mal e por isso depois da morte ficam vagando sem descanso. Nem sempre são associados a pessoas que em vida tiveram alguma relação com o doente. Uma vez identificados - o que implica nomeá-los - e satisfeitos seus pedidos de tabaco, aguardente ou comida pois, como se viu, são considerados espíritos ainda muito próximos da matéria, deverão ser afastados. O processo de expulsão inclui uma série de ritos conforme o grau de domínio do encosto sobre a pessoa. Se a possessão não é total, podem ser suficientes alguns gestos rituais, os passes: o paciente - descalço e desprovido de objetos de metal - é rodeado pelos médiuns incorporados com suas entidades que passam vigorosamente as mãos pelo seu corpo, de alto a baixo, da cabeça aos pés; dão-lhe baforadas de tabaco, fazem-no girar sobre si mesmo, sacodem seus braços, etc. Se o espírito resiste, insistindo em habitar e perturbar aquela pessoa, faz-se um descarrego ou desobsessão.

O ritual varia de terreiro para terreiro, mas o processo consiste em transferir o encosto do corpo do afetado para o do médium, que atua como uma correia de transmissão; tal prática é também chamada de transporte. São ainda empregados banhos de ervas, descargas de pólvora, defumações e outros recursos como técnicas auxiliares.

Quando, no processo de identificação, estabelece-se uma relação mais direta entre o encosto e a pessoa afetada, para fazê-lo subir é preciso descobrir os motivos pelos quais se apossou dela. Este foi o caso de dona Teresa, que será relatado a seguir.





CASO DE DONA TERESA
Dona Teresa chega ao terreiro amarrada: seu caso é desesperador. Como já foi assinalado na introdução, há muito tempo deixara de cumprir com suas obrigações de dona de casa e, quando tinha os surtos, apresentava um comportamento estranho e perturbador: convidava os filhos a compartilhar seu leito, fugia de casa, fazia as necessidades fisiológicas pela casa, altas horas da noite aparecia em bares em atitudes provocativas, até em supermercados do centro da cidade fora encontrada, fazendo confusão. Não dormia mais, nem reconhecia os próprios filhos. Independentemente de qualquer diagnóstico médico, estava louca, ou seja, seu comportamento estava em desacordo com os padrões vigentes no seio de sua família e de seu meio social, como resultado de processos desconhecidos para ela e seus familiares e que resultavam em sofrimento para todos.


"A primeira vez que ela veio ao terreiro, entrou ela, o marido e os dois filhos. Era uma morena bonita, cabelo curto, rosto redondo, olhos deste tamanho. Os olhos, como duas bolas de fogo. Quando eu olhei, disse para mim mesma - Meu Deus, agora ela me mata! - a sorte é que eu tinha saído do assentamento, eu faço meu trabalho espiritual ali. A gente sente quando uma pessoa chega carregada, não é?" (Madrinha Lourdes, trecho de entrevista.)

Quando a mulher vê a mãe-de-santo, fica furiosa, solta-se e avança sobre ela aos tapas e pontas-pés, arrebentando-lhe as guias (colares de contas coloridas) e rasgando-lhe a roupa. O marido e os filhos querem intervir, mas madrinha Lourdes os impede: "Seu Bertolino" e "Rosa Bacura", duas entidades espirituais são invocadas para ajudá-la. São as entidades protetoras dessa mãe-de-santo e do seu terreiro; ela atua tanto em estado de possessão, com os espíritos incorporados, como também de forma consciente, apenas com sua invocação e presença espiritual. Por um tempo a doente se acalma, pede desculpas e ajoelha-se a seus pés, mas madrinha Lourdes diz que não é preciso, pois

"(...) eu era igual a ela, mas ela não queria: - Ah, a senhora me desculpe, a senhora me perdoe - Aí eu já fui chamando meus protetores, fazendo a minha parte. Ela ficou quietinha, dizendo: - A senhora me perdoe, viu, a senhora me perdoe.
Mas apenas tinha se acalmado, já mudou: - Ai, credo, que casa fedida, Deus que me perdoe! De novo chamei meus protetores, peguei na mão dela, falei para ela:

- Agora a senhora gosta de mim?
- Eu gosto! A senhora é muito boa, mas o que eu vim fazer aqui?

- A senhora veio passear, tomar um café...

- Eu não quero café, não! Deus me livre, nesta casa cheia de enxofre. Aqui é igreja?

Ela estava com calça preta e blusa vermelha (são as cores rituais preferidas pelas pombagiras). Aí eu pedi para tirar aquela blusa e ela disse:
- Ah, é para eu ficar pelada? Eu fico pelada!"

Madrinha Lourdes lava-lhe a cabeça e a doente volta a acalmar-se: chega a dizer para o marido que se sente bem, que é outra mulher. A mãe-de-santo começa então a perceber os encostos perto dela, que tinham ficado fora, por causa da "cerca espiritual" que suas entidades protetoras, os guias de cobertura, tinham feito quando ela chegou. Vai, então, começar a identificação dos espíritos que atormentam aquela mulher. Todos participam: a mãe-de-santo, a própria dona Teresa, o marido, os filhos, e os médiuns do terreiro que vão chegando - cada qual contribuindo, à sua maneira, como se verá adiante, para o processo coletivo de busca e construção de categorias com base no repertório comum oferecido pelas narrativas e representações das entidades e a partir da biografia da paciente.
A estrutura do processo é o seguinte: a mãe-de-santo "vê" cada um dos encostos, descreve-os, interpela-os firmemente para saber porque estão com aquela mulher e em seguida confirma suas percepções com os filhos, o marido e com a própria dona Teresa quando volta a si, perguntando se realmente existiu tal ou qual pessoa, se eles sabiam quem era, qual a relação que havia entre eles e dona Teresa. Esta, durante todo o processo, alternará entre estados de consciência alterados - quando, então, serão os encostos que se manifestam - e momentos de volta a si.

De sumo interesse seria conservar, na íntegra, o discurso e o encadeamento que a mãe-de-santo imprime ao processo; tendo em vista, porém, seu tempo de duração - "essa confusão foi prá mais de uma hora, meu filho, mais de uma hora só conversando", afirmou madrinha Lourdes - vou procurar reconstituir de forma mais econômica as falas a partir do relato original:


"(...) aí ela começou a conversar comigo depois do banho, quando daí a pouco (os encostos) iam aparecendo, um por um. Cada um que ia aparecendo, ela já ia ficando tomada. Assim, chegou primeiro uma velhinha, uma velhinha baixinha de lenço na cabeça, era bem de idade mesmo, uma pessoa de 80 anos, bem velha mesmo, com um pano amarrado aqui assim, um aventalzinho xadrez, com uma blusinha branca com um babadinho aqui, a roupa amarrada aqui assim, com um pedacinho de queijo na mão, um pano como um coador e um pedacinho de queijo. Mastigando, assim, uma coisa bem esquisita. Foi só a velha entrar que, pronto, ela (dona Teresa, alterada) começou:
- Ah, que eu vou ficar louca, porque eu vou ficar louca, porque eu não gosto dela, porque eu tenho raiva dela, porque eu quero que ela morra! "Aí, eu falei para eles (para o marido e os filhos): Eu vi entrar uma velha. E ela, falando como velha:
- Eu quero banana, eu quero banana! " Então o marido virou para ela e disse":
- Ó Teresa, não tem banana aqui, na casa da madrinha não tem banana...

- Eu não sou Teresa, não, não sou Teresa, não! "Aí, eu falei" :

- Olha, eu estou vendo muito bem a senhora - aí ela baixou a cabeça - não vá pensar que a senhora vai entrando aqui de pato a ganso, porque aqui tem quem chamar, entendeu, eu mesma estou vendo a senhora, estou vendo a senhora de tênis marrom, de avental escuro de pintinha, meio remendado num canto, estou vendo a senhora com um pano amarrado na cara, estou vendo a senhora com um coadorzinho e com um pedaço de queijo. Aí, ela desencostou e ficou num canto mascando, mascando. Aí, eu falei: "E eu tenho o nome da senhora, a senhora chama-se Nhá Mica".

- Ah, eu quero banana, eu quero banana! - Aí, ela voltou de novo.

"Então eu falei que ia mandar buscar banana, mandei buscar na hora e o senhor sabe como é, banana é uma coisa que quando acaba de fritar é quente, não é? O senhor acredita que o Luís foi buscar as bananas para ela e ela comeu as sete bananas num minuto! Quente, fervendo, num minuto!"
- Agora que a senhora já comeu as bananas, agora a senhora vai contar porque persegue esta moça. Ela é uma senhora casada, ela tem filhos, ela tem a vida dela. Se a senhora pertenceu à família dela, ou se teve amizade com ela, a senhora tem que entender que já não é deste mundo. A carcaça dela não é da senhora, a da senhora já foi há muito tempo. Nós vamos fazer uma prece para a senhora, para a senhora reconhecer o seu estado -porque fazendo uma prece, ela sente aquela leveza, assim, e aquela força, compreende?
" Dizem que para os espíritos ganharem luz, demora muito porque enquanto Deus não vê que tem merecimento, Ele não dá luz... Mas naquela horinha, só para ele reconhecer seu estado e deixar aquela carcaça em paz, os orixás de luz dão um pouquinho de luz, só para eles reconhecerem que não pertencem mais a este mundo."

- Senhor José, Ismael, Marcos, vamos fazer uma prece para dar força para esse egun desencostar um pouquinho e reconhecer o estado dele. - Pronto, fizemos aquela prece e (o encosto) saiu, saiu e ela ficou quieta, mas daqui a pouco veio de novo:
- Ah, eu não gosto dela, não!
- Por que a senhora não gosta dela?

- Ah, eu trabalhava na casa do nhô Domingos, e a mulher do nhô Domingos contratou ela para trabalhar no meu lugar, pensando que eu ia ficar escrava dela, que ela ia pisar em mim, aquele lugar me pertencia, não era dela, então eu morri logo e estou em cima dela e vou deixar ela louca.

- Está bom. Mas a senhora vai sair dela. - "Aí, eu perguntei:

- Dona Teresa, a senhora conheceu fulana de tal, assim, assim?

- Conheci, sim, era um velhinha que fazia queijo na casa do meu tio e meu tio morreu e casou com outra mulher e esta senhora pediu para eu ficar lá, e esta velhinha era a caseira e vivia brigando comigo por tinha ciúmes, pois eu sabia fazer queijo muito bem. - Aí, o marido dela falou:

- É mesmo, dona Lourdes, como é que pode, meu Deus? - Ele ficava assim tão desesperado e começou a contar também da nhá Mica. Aí eu falei que está bom , que está confirmado. E de repente ela começou de novo a dizer que estava louca e a dizer umas orações que o padre faz na Semana Santa, que ninguém entende, orações de São Pedro, Santo Agostinho, São Paulo, ela cantava Ave Maria, fazendo de conta que estava com o rosário na mão. Aí eu fiquei quieta e enquanto ela fazia isso a outra veio e encostou... Uma outra, morena pálida, morena bem bonita, de cabelo comprido, com uma falha de dente, de óculos, com brinco de argola, de vestido comprido, sapato branco uma fita azul e um pano roxo...


Nem bem tinha subido o primeiro encosto, quando se manifesta o segundo. Para resumir, dona Teresa estava possuída por cinco encostos, um exu e uma pomba-gira.... para cada um, repete-se o mesmo processo: identificação, descrição rica em detalhes concretos, confirmação, interpelação. Madrinha Lourdes trabalha a "loucura" daquela mulher introduzindo um princípio de classificação e ordem: cada encosto tem um nome, uma caracterização e uma história que se cruza com a biografia de dona Teresa. A "morena de cabelo comprido", Mercedes, era uma colega sua que fora afastada do coro da igreja pelo pároco para ceder o lugar a ela; "pai Inácio", um cuidado de porcos da fazenda que a detestava; Serafim, um mendigo; Zinha, sua aluna de catecismo que morrera atropelada. Havia, ainda, um exu e uma pombagira:

(...) Aí eu falei: Olha, eu estou vendo você e conheço você muito bem. Você é a Maria Sete Saias e você está perturbando a pessoa errada, ela é uma senhora casada, uma senhora mãe de filhos, uma senhora de muito respeito. E se você foi destinada para ser uma protetora dela, você deve proteger ela para não ter imoralidade, para ela não pensar em coisas feias, assim como não se deve, como não é permitido para uma senhora casada. Aí ela (a pombagira) saiu e pediu que ela (Teresa) lhe desse uma saia vermelha, de babado e uma flor para ela pôr no cabelo. Disse que não ia mais amolar ela. Mas que ela tem de trabalhar com ela. Aí o marido dela disse que era justamente essa daí que ficava falando, quando tirava a roupa e chamava os filhos... A Teresa falava muito nessa Sete Saias..."

Construído, desta forma, um vínculo de cada um desses personagens com a história da vida de dona Teresa, a mãe-de-santo estabelece uma série de relações: a pombagira (Maria das Sete Saias) era, pois, quem a impelia a fugir de casa e aparecer em bares; o espírito do mendigo era quem a levava ao roubo e assim por diante. Com base nessas relações, toma, então suas decisões: aqueles encostos que estavam ligados a ela por sentimentos negativos - vingança, ciúme, ódio - deviam ser afastados. Exu e pombagira, na realidade espíritos de outra categoria, (não individualizados, e já classificados - ainda que da linha da "esquerda"), podiam vir a ser seus protetores, desde que ela se dispusesse a trabalhar com eles. O único encosto que expressara bons sentimentos, de gratidão, tinha sido sua antiga aluna, Zinha; então:

(...) deixei a menina para dar uma cobertura, porque depois de todos aqueles encostos pesados, ela ficou muito abatida, muito fraca e a gente não pode retirar tudo, sabe, a pessoa vai amofinando, vai amofinando até morrer... Então eu falei para o marido - Olha, de todos os que estavam com ela, o mais leve, porque é uma criança, a gente vai ver se pode purificar com muito amor, com preces, com flores, com doces, então o espírito dela vai ficando mais entendido e fica sendo uma protetora. Porque de todos, a única que a gente podia deixar era a menina, que estava para o bem dela. A menina estava encostada porque queria agradecer, gostava dela. Mas, a velha, estava com raiva, a moça, estava com raiva...

Dona Teresa permaneceu durante sete dias na casa da madrinha Lourdes que, durante esse tempo a benzia, dava-lhe chás, preparava-lhe todos os dias banhos especiais com ervas e raízes diferentes.

P. E depois de uma semana que ela ficou aqui, ela saiu...
R. Igual a todo mundo. Durante o dia ela ficava quieta, sentada, comia, bebia, tomava banho, sentava no sol, lia revista, como qualquer um. Era como se você me levasse para passar uns dias na sua casa: a gente acorda, come, bebe, ajuda a lavar a louça...

P. E antes, ela não fazia nada disso?

R. Nossa Senhora! Ela não pegava nas coisas de jeito nenhum! ela não queria nada com a casa, era ele quem lavava a roupa, os filhos que passavam... Pois se até dos filhos ela não lembrava mais... Aqui, no dia seguinte, ela já falou - "Ai, estou pensando no Marcos, no Ismael..." Ela também não lembrava do nome do marido. Mas aqui, todo mundo perguntava - "Onde o José trabalha? Como é o nome dos seus filhos?" Todo mundo que vinha aqui perguntava... E ela respondia, "fulano de tal." E falava bem, com uma gramática... fala bem mesmo, gente fina...





CONCLUSÃO


Este relato sugere aproximações e pontos de contato (mas também contrastes, igualmente significativos) entre o processo desenvolvido no âmbito de um sistema religioso com as práticas e pressupostos do aparato e espaços institucionais voltados para o tratamento da doença mental. Não era seu propósito, entretanto, estabelecer uma comparação entre esses sistemas de cura procurando determinar qual seria o mais eficaz, "verdadeiro", nem ir muito longe na comparação, mesmo porque nenhum dos dois, especialmente o sistema baseado na medicina oficial, foram aqui apresentados e discutidos com o cuidado que o tema exige. Interessa tão somente apontar algumas pistas para uma posterior discussão.
Assim, diferentemente do hospital, por exemplo, a casa da mãe-de-santo - onde está situado o terreiro, ou local do culto - não se distingue das demais edificações do bairro: o material da construção, o estilo, os objetos e implementos domésticos, a decoração são os mesmos das outras casas da vizinhança; há roupas dependuradas no varal, não falta uma pequena horta ou jardim.

Observando-se com mais atenção, contudo, percebem-se, aqui e ali, alguns sinais que trazem a marca do sagrado: entre as plantas, há algumas especiais - arruda, guiné, peregum, espada de São Jorge e outras; uma ou outra vela acesa e, junto ao portão, a casinha de Exu, o guardião, o senhor dos caminhos e encruzilhadas (O encosto não se enganara: - "Aqui é igreja?"). Já as marcas de ruptura que o hospital introduz não são, assim, tão sutis: o edifício se destaca - grande e alto, branco e cercado de muros - com guichês, corredores, salas, celas, funcionários.

Enquanto o terreiro estabelece relações de contigüidade com a casa, o armazém, o bar, e as ruas do bairro, onde transcorre a vida cotidiana, o hospital pertence a outro quadro de vínculos paradigmáticos: evoca os espaços e edifícios que são a sede do poder, como a delegacia, a prefeitura, e outros órgãos públicos. Lá, o espaço é familiar, conhecido; aqui, impessoal, burocratizado.

Dona Teresa chega amarrada à casa da madrinha Lourdes, que manda soltá-la, toma-lhe a mão, e diante de sua indagação tranqüiliza-a dizendo que "veio tomar um café"; é assim que inicia o processo de reconstituição de sua identidade desarticulada. No hospital, é o contrário, pois lá - onde o paciente é amarrado, sujeitado - o ritual de iniciação e "boas vindas" é a retirada dos últimos sinais de identificação: raspam-lhe os cabelos, vestem-no com o camisolão, aplicam-lhe sedativos...

Neste último, os objetos (equipamentos, remédios), o espaço (salas, enfermarias, consultórios), os agentes (atendentes, enfermeiros, médicos) as normas (fichas, rotinas) são sinais e mecanismos de um poder que se exerce dividindo, separando, marcando as diferenças entre doente e são, ignorância e saber, submissão e autoridade... No caso da mãe-de-santo o que vemos atuando é o que Lévi-Strauss denomina de "complexo xamanístico" (1958: 197): a participação, cada qual com sua especificidade, do agente da cura (no caso, a mãe-de-santo), do paciente, e do público (assistentes, parentes) na produção de um ritual integrativo, de junção, de agregação.

O poder que o pai ou mãe-de-santo exercem sobre a "loucura" dos outros tem como base e garantia o domínio sobre a própria loucura, provados através de seu desenvolvimento, a partir da feitura de cabeça, ou seja, de sua iniciação nos segredos e práticas sagrados, sujeitos a controle e contestação por parte da comunidade. Madrinha Lourdes "delira" junto com sua paciente, revive, com ela, sua própria crise; só que sabe como entrar e sair desse estado, e o faz ritualmente, de forma codificada.

Sua estratégia não consiste em tentar eliminar a loucura, mas abrir um espaço para que esta possa expressar-se: para tanto, constrói, de maneira vívida e convincente, as imagens dos encostos a partir de fragmentos de informações que vai recolhendo durante o processo; ainda que não estejam totalmente "verdadeiras", isto é, em conformidade com o que realmente aconteceu, essas imagens são, com certeza, verossímeis - e é isso o que importa, para sua eficácia e poder de convencimento.

Recompõe-se a biografia daquela mulher e o que era vivido, dolorosamente, como "loucura", adquire inteligibilidade: em vez de ser reprimida encontra, agora, lugar num espaço ritual ao lado da de outras pessoas com experiências semelhantes, passando a manifestar-se através de um código legitimado por referência aos mitos que lhe dão sustentação.

A iniciante terá à sua disposição, para desenvolver-se, todo um espectro de possibilidades: será uma mulher sedutora e debochada, através de sua pombagira; arrogante e independente, por intermédio do caboclo; sábia e conformada, com seu preto ou preta-velha e assim por diante. Sua "loucura" não será mais a explosão incontrolável de forças desconhecidas e perigosas: começará e terminará ritualmente.

O tratamento realizado no terreiro, em vez de isolar o louco do convívio dos sãos, é integrador em vários níveis, pois fornece-lhe uma linguagem para exprimir sua loucura; ensina-lhe a conviver com ela, permitindo um reordenamento de tendências e pulsões desagregadoras; integra-o no grupo dos demais praticantes e o re-situa no meio de um grupo que não o vê como anormal, mas, ao contrário, como portador de uma missão.

O que está em causa não é a tentativa de suprimir o conflito, mas a possibilidade de torná-lo inteligível, de dar-lhe um significado (Geertz, 1978). A linguagem religiosa e as referências ao mundo dos espíritos que permeiam a prática umbandista não significam, pois, um mecanismo simplificador destinado a reduzir todas as perturbações a uma causa única, espiritual, "ilusória". É certo que a referência ao sistema religioso está presente e é a ele que se recorre em busca de fundamento.

No entanto, na outra ponta do processo estão os problemas concretos e reais resultantes de dificuldades econômicas, familiares, afetivas, etc. as quais, sejam ou não pensadas em termos de encostos, trabalhosfeitos, etc., não deixam de constituir fatores de angústia, sofrimento e conflitos. O discurso religioso globalizante, conforme afirma Geertz (op.cit.) permite pensá-los dentro de alguma ordem, oferece um critério de classificação e representa um princípio integrador de acontecimentos que em sua incoerência se apresentam como insuportáveis. E a umbanda o faz à sua maneira como se pôde ver com base no relato sobre o encontro de dona Teresa e madrinha Lourdes.

Notas

1 A publicação deste texto deveu-se ao interesse de Luiz Henrique de Toledo, que me convenceu a fazê-lo, apesar de algumas resistências iniciais que precisam ser explicitadas até para que se possa entender a própria estrutura do artigo. Ele tem como base uma pesquisa que coordenei, na década de 80, com auxílio financeiro da Fundação Oswaldo Cruz e cujo responsável institucional foi o médico psiquiatra Uraci Simões Ramos. O relatório final, que nunca foi publicado, tinha como sub-titulo: "subsídios para uma proposta de estudo comparativo entre a prática médica oficial e práticas alternativas" e trazia os dados de campo colhidos em vários terreiros de umbanda na cidade de São Paulo. Utilizei parte das observações, entrevistas e análise num texto didático que circulava entre alunos e que, posteriormente, foi atualizado e tomou o formato de artigo. Essa versão, entretanto, nunca foi publicada, pois eu queria localizar a paciente tratada pela mãe-de-santo e incluir seu depoimento, após o processo aqui descrito, com o propósito de cotejá-lo com o discurso de madrinha Lourdes; infelizmente, nunca consegui localizar dona Teresa. Ainda acho que o texto fica incompleto sem a comparação; no entanto, fui convencido de que, apesar de datado e marcado por essa limitação, valeria a pena divulgá-lo na medida em que mostra, ao menos em parte, a lógica da cura no contexto ritual e doutrinário da umbanda em uma de suas vertentes.
2 Este dado foi levantado por Negrão, 1996 e é aproximativo, pois tem como base informações oficiais colhidas em cartórios de registro. Há, porém, muitos locais de culto que não são registrados e nem todos que fecham fazem a devida comunicação.
3 Cabe lembrar que há diferenças entre as "nações" de candomblé (quetu, angola, ijexá, etc.) em relação ao panteão, denominações das divindades e suas características; aqui tomo como referência a versão mais conhecida do candomblé quetu ou nagô.
4 Que, por sua vez, tomou o termo da tradição hinduísta.
5 Como as entidades que representam boiadeiros, cangaceiros, ciganos, marinheiros, etc.
6 Corruptela do termo quimbundo "bombongira"
7 No sentido mais corrente de feitiço, encantamento com fins maléficos.


BIBLIOGRAFIA

Geertz, Clifford. - A interpretação das culturas , Rio, Zahar Editores, 1978
Lévi-Strauss, Claude. - Anthropologie Structurale, Paris, Plon, 1958
Magnani, J.Guilherme. - Umbanda, São Paulo, Ed. Ática, 1996.
Magnani, J.Guilherme e Ramos, Uraci S. - "Doença e Cura na religião umbandista" - PESES, Fundação Oswaldo Cruz - Relatório de Pesquisa, 1980
Negrão, Lysias - Entre a cruz e a encruzilhada: formação do campo umbandista em São Paulo . São Paulo, Edusp. 1996
Turner, Victor. - O processo ritual. Petrópolis, Vozes, 1974

Artigo publicado em Teoria e Pesquisa - revista do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Departamento de Ciências Sociais da da Universidade Federal de São Carlos, n. 40/41 jan/jul 2002.


http://www.n-a-u.org/magnanidioencaecuranaumbanda.html

Os Mantras


Mantra
Recitação e mantras originaram-se no hinduísmo e são técnicas fundamentais praticadas até os dias de hoje. Muito do chamado Mantra Yoga, é realizado através de “Japa” (recitação de fórmulas, usando-se ou não o ‘rosário hindu’ = ‘japa mala’). Diz-se que os mantras, através de seus significados, sons e harmonia melódica, auxíliam o sadhaka (o praticante) na obtenção de concentração durante a meditação. Eles também são utilizados como uma expressão de amor à deidade, uma outra faceta do Bhakti Yoga, necessária para a compreensão de Murti.

momentos dificeis e auxílio, ou para ‘invocar’ a força espiritual interior. Frequentemente, também, os mantras são utilizados para se obter coragem em Segundo a tradição, as ultimas palavras de Mahatma Gandhi enquanto morria foram um mantra ao Senhor Rama: “Hey Ram!” – uma invocação a Deus, e acredita-se que assim ele pôde transpor com tranquilidade e definitivamente os “véus de Maya” (mundo físico ilusório) para encontrar seu “Bem Amado Cósmico”; Deus.
Provavelmente o mais representativo de todos os mantras hindus é o famoso “Gayatri Mantra”:
“Aum! bhurbhuvasvah yam bhargo devasya dhimahi dhiyo yo naha pracodayat”
que significa, literalmente:




“Om! Terra, Universo, Galáxias (invocação aos três mundos). “
Que nós alcancemos a excelente glória de Savitr (Deus).
Que ele estimule os nossos pensamentos/meditações.
O mantra Gayatri é considerado o mais universal de todos os mantras hindus, e invoca o universal Brahman como um princípio de conhecimento e iluminação do Sol primordial, mas somente em seu aspecto feminino. Muitos hindus, até os dias de hoje, seguindo uma tradição que permanece viva por pelo menos 5.000 anos, o recitam enquanto realizam abluções matinais às margens de um rio sagrado (especialmente o Ganges). Conhecido como um mantra sagrado, é reverenciado como a forma mais condensada do Conhecimento Divino (Veda). É governado pelo principio, Ma (Mãe) Gayatri, também conhecido como Veda Mata (ou ‘Mãe dos Vedas’) e está intimamente associado à deusa do aprendizado e da iluminação, Saraswati.

O maior objetivo da religião Védica é alcançar “Moksha”, a Liberação, através da constante dedicação a “Satya” (‘Verdade’) e uma eventual realização de “Atman” (‘Alma Universal’). Não importa se atingido através de meditação ou puro Amor, este objetivo universal seria alcançado por todos. Deve ser observado que o hinduísmo é uma fé prática, que deve ser incorporada em cada aspecto da vida. Acredita igualmente no temporal e no infinito, e somente encoraja perspectivas destes principios. Os grandes “rishis” (homens santos) são também denominados como “samsaric” (aquele que vive no Samsara, o plano temporal ou terrestre). Os que conquistam um honesto e amável meio de “vidadharmic” é um “jivanmukta” (‘alma vivente liberta’).
As verdades fundamentais do Hinduísmo são melhores compreendidas nos “Upanishadic Dictum”, “Tat Twam Asi” (‘Thou Art That’), na última aspiração; como segue:
“Aum Asato ma sad gamaya, tamaso ma jyotir gamaya, mrityor ma aamritaam gamaya” = “Om, conduza-me da ignorância para a verdade, das trevas para a luz, da morte para a imortalidade.”
Escrituras Sagradas do Hinduísmo
Muito da morfologia e filosofia lingüística inerente ao aprendizado do sânscrito está associada ao estudo dos Vedas e outros relevantes textos hindus, que apresentam diversos níveis de leitura: físico, material, sutil e supranatural. Engloba também vários níveis de interpretação e compreensão. As escrituras hindus são divididas em duas categorias:
1 – “Shruti” – aquela que se escuta – oral – “Revelação”.
2 – “Smriti” – aquela que se recorda – escrita – “Tradição” ou “Não Revelação”.


Vedas

Constituem os textos mais antigos do hinduísmo e também influenciaram o budismo, o jainismo e o sikhismo. Os Vedas contêm hinos, encantamentos e rituais da Índia antiga. Mesmo tendo origem mais recente (o mais antigo, o Rig Veda, data de 1.300 – 1.000 aC), eles figuram, juntamente com o Livro dos Mortos (já abordado aqui), o Enuma Elish (idem), o I Ching e o Avesta, entre os mais antigos textos religiosos existentes. Além de seu valor espiritual, oferecem uma visão única da vida cotidiana na Índia antiga. Apesar de a maioria dos hindus provavelmente nunca ter lido os Vedas, a reverência por essa noção abstrata de conhecimento (Veda significa conhecimento) está profundamente impregnada no coração daqueles que seguem Veda Dharma.
Existem quatro Vedas:
Rig Veda (‘Sabedoria dos Versos’),
Sama Veda (‘Sabedoria dos Cânticos’),
Yajur Veda(‘Sabedoria dos Sacrifícios’) e
Atharva Veda (‘Sabedoria dos Sacerdotes Atharvan’).
Palavras de Hridayananda Dasa Goswami “Acharyadeva”, líder da “Sociedade Internacional para Consciência de Krishna” (ISKCON):
“Os eruditos mundanos nunca conseguiram achar um começo, ou princípio, para os Vedas. Porque o conhecimento védico existe sempre, inclusive em outros planetas. Não é algo que pertença a uma seita, algum país, alguma região ou a algum estágio histórico. Nos mesmos Vedas está dito que o Senhor Supremo os produziu de Sua própria Respiração. Os Vedas são então Conhecimento eterno e perfeito. (…) Os Vedas existem por milhões de anos e foram divididos porque as pessoas, agora, são de menor inteligência. Por isso, é necessário explicar tudo com mais detalhes. No Veda original havia instruções como ‘faça sacrifício para Deus, medite em Deus, conheça a Verdade Absoluta’, mas hoje em dia, essa instrução é insuficiente. Por isso o Veda foi dividido, junto com outras literaturas complementares, quando foram adicionados também muitos detalhes e explicações.”
Talvez um dia este espaço volte ao assunto Vedas. Renderia sem dúvida uma série de postagens bem interessantes.



Upanishads

Os Upanishads são denominados Vedanta porque eles contêm uma exposição da essência espiritual dos Vedas. A palavra “Vedanta” significa “Fim dos Vedas”. Entretanto, é importante observar que Upanishads são textos e Vedanta é filosofia. A palavra Upanishads significa “sentar próximo ou perto” pois as explicações eram passadas aos estudantes enquanto estes assentavam-se próximos aos mestres ou gurus.

Os Upanishads, mais precisamente, organizaram a doutrina védica de auto-realização, Yoga e meditação, karma e reencarnação – assuntos que não eram abordados diretamente no simbolismo da antiga religião de Mistérios. Os mais antigos Upanishads são geralmente associados a um Veda em particular, através da exposição de um “Brahmana” (mestre) ou “Aranyaka” (‘filósofos da floresta’), enquanto os mais recentes não. Formando o coração do Vedanta, eles contêm a excessiva aerodinâmica de adoração aos deuses védicos e capturam a essência do “Rig Vedic Dictum” (‘A Verdade é Uma’). Eles colocam a filosofia hindu como separada mas acolhendo uma única e transcendente Força, imanente e inata na alma de cada ser humano, identificando o micro e macrocosmo como Um. Podemos dizer que enquanto o hinduísmo primitivo é fundamentado nos quatro Vedas, o Hinduísmo Clássico, Yoga, Vedanta, Tantra e correntes do Bhakti foram modelados com base nos Upanishads.

Puranas – Smriti

Os Puranas são considerados “Smriti” – “ensinamentos não escritos”, passados oralmente de uma geração a outra. Eles são distintos dos Srutis ou ensinamentos escritos tradicionais. Existem um total de 18 maiores Puranas, todos escritos em forma de versos. É dito que estes textos foram escritos antes do Ramayana e do Mahabharata.
Acredita-se que o mais antigo Purana provém de 300 aC e os mais recentes de 1.300 – 1.400 dC. Apesar de terem sido compostos em diferente períodos, todos os Puranas parecem ter sido revisados. Isso pode ser notado no fato de que todos eles comentam que o número de Puranas e 18. Os Puranas variam muito: o Skanda Purana é o mais longo com 81.000 versos(!), enquanto o Brahma Purana e o Vamana Purana são os mais curtos com 10.000 versos cada. O número total de versos em todos os 18 Puranas é 400.000! Saiba um pouco mais clicando aqui.

As Leis de Manu

Manu é o legendário primeiro homem, o Adão dos hindus, uma espécie de semideus. As leis de Manu são uma coleção de textos atribuídos a ele. Manu se encarrega de nos trazer as Leis que são instruções de como um ser-humano deve agir (hu + manu = aquele que segue as Leis). Ele é considerado o pai da humanidade. A humanidade anterior degenerou-se, então Brahma ordenou que fossem aniquilados todos os que estavam sobre o mundo, porque somente se interessavam pelas coisas mundanas, como intoxicação, sexo ilicito, e toda maldade. Quando Manu foi banhar-se no rio, ele recebeu as instruções de um peixe, que nada mais era do que o Senhor Supremo disfarçado (‘Matsya-avatara’), dizendo para que Manu construísse um imenso barco e levasse para dentro dele um casal de cada animal, os sete sábios, e que tomasse conta dos Vedas, uma vez que iria fazer cair um dilúvio por sobre todos, e sobrariam apenas Manu e aqueles que ficassem na arca. Choveu durante 40 dias e 40 noites, e o mundo foi inteiramente coberto pelas águas da devastação.
Conhece a história de algum lugar? Os historiadores também! Aí está um fato realmente intrigante, a história bíblica do Dilúvio presente em outras mitologias antigas – também os escritos babilônicos aludem a esse acontecimento, e isso leva uma parte considerável dos especialistas a crer que realmente tenha havido um dilúvio na antiguidade.
Por fim, Manu soltou a todos os animais numa região chamada Tharim, que fica no norte da Índia, numa imensa área montanhosa, e ali restabeleceu a humanidade, através de uma série oblações, conhecidas como Ararati. A região ficou conhecida como “Região das Oferendas e Oblações” (‘Ararati’). E foi das oblações de manteiga a leite surgiu a primeira mulher, que deu a luz aos filhos que constituíram a atual humanidade.
As chamadas “leis de Manu”, são códigos de conduta conhecidos como “Manava-Dharma-Sastra”, “Escritos Sobre a Justiça para a Humanidade”. São versos escritos em sânscrito, na métrica antiga, contendo um compêndio das leis e costumes que eram seguidos e orientados pelo rei e pelos Brahmanas, os sacerdotes. Este código foi escrito tendo em vista dar uma orientação para que a humanidade não se perdesse novamente. O pedido para construir as leis partiu dos “Sete Sábios” e três importantes discípulos – uma vez que as leis haviam se perdido e somente Manu poderia trazê-las de volta. Manu aprendeu as leis da conduta diretamente do Senhor Brahmaa, então se encarregou de ensinar os sábios como Bhrigu, que pessoalmente aprendeu a métrica e do conteúdo das leis de Manu.

As leis de Manu consistem em 2.684 versos, dispostos em 12 capítulos. No primeiro capítulo é relatado a criação do mundo; do segundo ao sexto capítulos destina-se a correta maneira de agir das três castas superiores, bem como se dá o processo de iniciação na religião brahmínica, contendo os principais “Samskaras”, ou “Cerimônias da Fé”. “Varna” (‘castas’), e “Ashrama” (‘posição espiritual’), são descritos e comentados de modo a esclarecer a sua importância para que não haja degeneração social nem espiritual do homem. Ali está definida também a vida de estudante (‘brahmacharya’), o tempo de vida que uma pessoa leva como asceta celibatário sob a orientação do guru ou mestre espiritual e estudando os Vedas e as escrituras sob a orientação de um brahmana. Fala-se ainda das obrigação de um chefe de família (‘grihasta’) – no qual ingressa depois de cerca de 12 anos de estudo. Nessa fase aprende como escolher uma esposa, como deve ser a vida de casado, como deve ser a manutenção da família, a correta distribuição da riqueza, bem como a responsabilidade de manter o fogo-sagrado, realizar os sacrifícios aos semideuses e antepassados, realizar os jejuns, e comemorar as festas santas, exercício da hospitalidade, etc. Também estão incluídas as restrições e regulações que dizem respeito aos alimentos, vestimentas, relações conjugais, cerimônias de limpeza. Depois, há a fase de afastamento da vida familiar, cerca de 24 anos de casado, onde o casal se retira da vida familiar, até que adote a ordem de Sannyasi, ou de sacerdote renunciado e itinerante.
O sétimo capitulo diz respeito a responsabilidade e as obrigações do rei, e da sua condição divina, onde o rei deverá saber distribuir corretamente o elevado ideal da sua condição. O oitavo capítulo trata do procedimento civil e criminal das leis, a maneira de julgar e punir, de acordo com o tipo de assunto ou crime. O nono capítulo trata das leis que incluem o divórcio, herança, os direito de propriedade, e a devida ocupação legal segundo cada casta (as quatro fundamentais). O capítulo onze ocupa-se com os tipos de penalidades para alguém livrar-se das más consequencias do Karma. Por fim, o último capítulo trata da questão da doutrina do Karma, a questão dos renascimentos numa escala ascendente ou descendente, de acordo com o mérito ou demérito da vida presente.
Há a descrição de 14 manus por manvantaras, sendo os seguintes os nomes dos Manus: (1) Yajna, (2) Vibhu, (3) Satyasena, (4) Hari, (5) Vaikuntha, (6) Ajita, (7) Vamana, (8) Sarvabhauma, (9) Rsabha, (10) Visvaksena, (11) Dharmasetu, (12) Sudhama, (13) Yogesvara and (14) Brhadbhanu. Informações mais aprofundadas sobre os Manusaqui.


Mantra e a limpeza da Aura

Os mantras (ou sons) que descrevo a seguir, servirão para libertar todos os vínculos kármicos do seu corpo e da aura. Este exercício pode ser feito todos os dias, pela manhã ou à noite, antes de deitar-se. Faça-o durante vinte e um dias, procurando, durante esse tempo, incluir pelo menos uma fruta em suas refeições.

Antes de começar o exercício, tome uma ducha ou um rápido banho de chuveiro. Sente-se sobre uma almofada ou um tapete, dobre os pés, que deverão estar encostados em seu bumbum. Feche os olhos. Coloque a ponta da língua no céu da boca, encolha o abdômen, aperte o queixo contra o peito e respire fundo pelo nariz, mantendo-se assim por alguns segundos.
Coloque a mão esquerda sobre o coração, e a mão direita, aberta, em frente ao primeiro chackra (órgão sexual), conservando-a afastada dali alguns centímetros. Conservando essa posição, faça o mantra “OM LAM” por três vezes. Depois faça o mantra (uma vez) “OM VAM” com a mão direita a quatro dedos abaixo do umbigo, “OM RAM” em cima do umbigo, “OM YAM” no meio do peito, “OM HAM” na garganta, “OM” sobre os intercílios e “OM” novamente, com a mão direita sobre a moleira.
Durante todo o exercício, a mão esquerda deve ser conservada sobre o coração. Faça as entoações mântricas, que vibrarão nos sete chackras principais, expandindo sua aura, fazendo com que os resíduos kármicos se dissolvam.
A seqüência será, portanto:
OM LAM
OM VAN
OM RAM
OM YAM
OM HAM
OM
OM


Para sua informação, os tântricos fazem estes mantras cento e oito vezes por dia, o que não significa que você também deva fazê-los com tanta freqüência. Para os ocidentais essa quantidade não é aconselhável. Procure fazer durante 21 dias. Assim, os mantras servirão como um escudo invisível que o protegerá espiritualmente.
Fontes e bibliografia:

http://artedartes.blogspot.com/2007/10/hindusmo-sanatana-dharma-3.html
Sociedade Internacional Gita (Gita Ashrama);
Arquivo Profº J Sarinho;
“Hare Krsnas Spiritual Practice” (site ‘Sampradava Sun Site’);
Site Yoga.Pro.Br
http://estudoreligioso.wordpress.com/category/povo-do-oriente/

Curimba


Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista.
Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.
Muitas são as funções que os pontos cantados têm.
Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa.
Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, etc.
Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual.
Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.
Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chacras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando-os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior.

As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba, vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais.
A curimba transforma-se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.
Os pontos transformam- se em “orações cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um fundamento sagrado e divino.
Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda.
A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc.
Entendam bem, os guias não são chamados pelos atabaques como muitos dizem. Todos já encontram-se no espaço físico – espiritual do terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos.
Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias.
O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções.
Muitas vezes ao cantar expressamos esses sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.

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Povo do Oriente



Os Mestres do Oriente trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda. São muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar. São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual. Alguns deles não demonstram muito sentimento, mas mesmo assim têm muita vontade de ajudar ao próximo, com o tempo tendem a evoluir também para um sentimento maior de amor ao próximo.
São extremamente práticos não aceitando conversas banais ou ficar se estendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda.

Para se ter uma idéia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional. Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações.

São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais.



A Linha do Oriente na Umbanda

A Linha do Oriente é parte da herança da Umbanda brasileira. Ela é composta por inúmeras entidades, classificadas em sete falanges e maioritariamente de origem oriental. Apesar disso, muitos espíritos desta Linha podem apresentar-se como caboclos ou pretos velhos.
O Caboclo Timbirí (caboclo japonęs) e Pai Jacó (Jacob do Oriente, um preto velho bastante versado na Cabala Hebraica), săo os casos mais conhecidos. Hoje em dia, ganha força o culto do Caboclo Pena de Pavăo, entidade que trabalha com as forças espirituais divinas de origem indiana.
Mas nem todos os espíritos săo orientais no sentido comum da palavra. Esta Linha procurou abrigar as mais diversas entidades, que a princípio năo se encaixavam na matriz formadora do brasileiro (índio, portuguęs e africano).
A Linha do Oriente foi muito popular de 1950 a 1960, quando as tradiçőes budistas e hindus se firmaram entre o povo brasileiro. Os imigrantes chineses e japoneses, sobretudo, passaram a freqüentar a Umbanda e trouxeram seus ancestrais e costumes mágicos.
Antes destas datas, também era comum nesta Linha a presença dos queridos espíritos ciganos, que possuem origem oriental. Mas tamanha foi a simpatia do povo umbandista por estas entidades, que os espíritos criaram uma “Linha” independente de trabalho, com sua própria hierarquia, magia e ensinamentos. Hoje a influęncia do Povo Cigano cresce cada vez mais dentro da Umbanda.

Existem muitas maneiras de classificar esta Linha e este pequeno artigo, năo pretende colocar uma ordem na maneira dos umbandistas estudarem esta vertente de trabalho espiritual. Deixo a palavra final para os mais velhos e sábios, desta belíssima e diversificada religiăo. Coloco aqui algumas instruçőes que colhi com adeptos e médiuns afinados com a Linha do Oriente.
Namaste e Salve o Oriente!




CARACTERÍSTICAS DA LINHA DO ORIENTE:

• Lugares preferidos para oferendas: As entidades gostam de colinas descampadas, praias desertas, jardins reservados (mas também recebem oferendas nas matas e santuários ou congás domésticos).

• Cores das velas: Rosa, amarela, azul clara, alaranjada ou branca.

• Bebidas: Suco de morango, suco de abacaxi, água com mel, cerveja e vinho doce branco ou tinto.

• Tabaco: Fumo para cachimbo ou charuto.Também utilizam cigarro de cravo.

• Ervas e Flores: Alfazema, todas as flores que sejam brancas, palmas amarelas, monsenhor branco, monsenhor amarelo.

• Essęncias: Alfazema, olíbano, ben¬joim, mirra, sândalo e tâmara.

• Pedras: Citrino, quartzo rutilado, topázio imperial (citrino tornado amarelo por aquecimento) e topázio.

• Dia da semana recomendado para o culto e oferendas semanais: Quinta-feira.

• Lua recomendada (para oferenda mensal): Segundo dia do quarto minguante ou primeiro dia da Lua Cheia.

• Guias ou colares: Colar com cento e oito contas (108), sendo 54 brancas e 54 amarelas. Enfiar seqüencialmente uma branca e uma amarela. Fechar com firma branca. As entidades indianas também utilizam o rosário de sândalo ou tulasi de 108 contas (japa mala). Algumas criam suas próprias guias, segundo o mistério que trabalham.


CLASSIFICAÇĂO DA LINHA DO ORIENTE

Suas Falanges, Espíritos e Chefes:

01 - Falange dos Indianos:
Espíritos de antigos sacerdotes, mestres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos integrantes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.

02 - Falange dos Árabes e Turcos:
Espíritos de mouros, guerreiros nômades do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc... A maioria é muçulmana. Uma Legiăo está composta de rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a misteriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbaruę.

03 - Falange dos Chineses, Mongóis e outros Povos do Oriente:
Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curiosamente, uma Legiăo está integrada por espíritos de origem esquimó, que trabalham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia negra. Sob a chefia de Pai Ory do Oriente.

04 - Falange dos Egípcios:
Espíritos de antigos sacerdotes, sacerdotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí.

O5 - Falange dos Maias, Toltecas, Astecas e Incas:
Espíritos de xamăs, chefes e guerreiros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.

06 - Falange dos Europeus:
Năo săo propriamente do Oriente, mas integram esta Linha que é bastante sincrética. Espíritos de sábios, magos, mestres e velhos guerreiros de origem européia: romanos, gauleses, ingleses, escandinavos, etc. Sob a chefia do Imperador Marcus I.

07 - Falange dos Médicos e Sábios:
Os espíritos desta Falange săo especializados na arte da cura, que é integrada por médicos e terapeutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de Arimatéia.

ALGUNS PONTOS CANTADOS E SUA MAGIA
Aqui reproduzo alguns Pontos Cantados, mas destaco a sua eficácia mântrica e năo somente invocatória. Ou seja, nesta Linha os Pontos podem ser usados como mantras com finalidades específicas, independente de servirem para chamar as entidades para o trabalho de caridade no Centro ou Terreiro. Neste caso, os Pontos devem ser acompanhados das respectivas oferendas (veja abaixo).

PONTO DO POVO HINDU
• para afastar energias negativas diversas.
Oferenda: velas amarelas – 3, 5 ou 7, flores amarelas ou brancas e incenso de flores (rosa, verbena, etc...), colocados dentro de uma estrela de seis pontas, hexagrama, traçada no chăo com pemba amarela.

Ory já vem,
Já vem do oriente
A bençăo, meu pai,
Proteçăo para a nossa gente.
A bençăo, meu pai,
Proteçăo para a nossa gente.


PONTO DO POVO TURCO

• para afastar os inimigos pessoais ou da religiăo umbandista.
Oferenda: velas brancas – 3, 5 ou 7 e charutos fortes, dentro de uma estrela de cinco pontas, pentagrama, traçado no chăo com pemba branca. Jamais ofereça bebida alcoólica a este Povo.
Tá fumando tanarim,
Tá tocando maracá.
Meus camaradas, ajudai-me a cantar,
Ai minha gente, flor de orirí
Ai minha gente, flor de orirí.
Em cima da pedra
Meu pai vai passear, orirí.

PONTO DO POVO ESQUIMÓ
- para afastar os inimigos ocultos e destruir forças maléficas.
Oferenda: velas rosas – 3, 5 ou 7, pedacinhos de peixe defumado em um alguidar, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba rosa.

Salve o Polo Norte
Onde tudo tudo é gelado,
Salve Povo Esquimó
Que vem de Aruanda dar o recado.
Salve a Groenlândia,
Salve Povo Esquimó
Que conhece a lei de Umbanda.

PONTO DO POVO GAULĘS
• para as lutas e necessidades diárias.
Oferenda: velas brancas – 3, 5 ou 7, cerveja branca ou vinho tinto, tudo dentro de uma cruz traçada no chăo com pemba verde.

Gauleses, Oh gauleses,
Somos guerreiros gauleses.
Gauleses, Oh gauleses
Săo Miguel está chamando.
Gauleses, Oh gauleses,
Somos guerreiros de Umbanda,
Gauleses, Oh gauleses,
Vamos vencer demanda.

PONTO DO POVO ASTECA
• para buscar a sabedoria espiritual.
Oferenda : nove velas alaranjadas, milho, fumo picado, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba branca.

Asteca vem, Asteca vai
Nosso povo é valente,
Tomba, tomba e năo cai...
(cantar nove vezes)

PONTO DO POVO CHINĘS
• para proteçăo diante de situaçőes muito graves.
Oferendas: sete velas vermelhas (é a cor preferida deste Povo), arroz cozido sem sal, vinho branco, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba vermelha.

Os caminhos estăo fechados
Foi meu povo quem fechou,
Saravá Buda e Confúcio
Saravá meu Pai Xangô.
Saravá Povo Chinęs,
Que trabalha direitinho,
Saravá lei de Quimbanda,
Saravá, eu fecho caminho.

Curioso Ponto Cantado do Caboclo Tim¬birí – onde ele afirma sua origem japonesa.

ANTIGO PONTO DE TIMBIRÍ

Marinheiro, marinheiro,
olha as costas do mar...
É o japones, é o japones !
Olha as costas do mar.
Que vem do Oriente !





A Falange dos Médicos do Astral

( Também chamado de “ Trabalho de Oriente” )
Em nosso Templo esse trabalho é coordenado no astral pelos falangeiros de S.Francisco de Assis

( EDMUNDO PELIZZARI )

Vamos estudar um pouco, uma Falange bem conhecida de ntro da Umbanda, relacionada com a Linha do Oriente e normalmente colocada na sétima hierarquia da mesma: a Falange dos Médicos ou Curadores.
Comandada pelo sábio José de Arimatéia (Yosef Ha-Aramataiym em hebraico), um discípulo oculto do Mestre Jesus, ela agrupa inúmeros terapeutas do corpo e da alma.
Tradições ocultas nos contam que José, um rico membro do tribunal rabínico de Jerusalém, depois de conseguir um lugar para Jesus sersepultado, viajou para o Ocidente trazendo o Santo Graal.
Ele teria aportado nas costas britânicas com alguns discí¬pulos, salvando o objeto mais precioso do Cristianismo. José de Arimatéia, ao chegar onde hoje é a Inglaterra no ano de 36 D.C., encontrou lá os poderosos sacerdotes druidas e fez uma especial troca de ensinamentos e segredos esotéricos.

Desde então, uma misteriosa escola nasceu e continuou pelos séculos. A Umbanda brasileira, legítima herdeira do esoterismo cristão, também trabalha espiritualmente com esta herança.
A Linha do Oriente, que contém a Falange de José e a Falange dos Europeus demonstra esta riqueza admirável.
A Falange dos Médicos do Astral é uma egrégora composta de centenas de trabalhadores espirituais. Na maioria das vezes, eles foram em suas últimas vidas, médicos, curandeiros, raizeiros, benzedores e rezadores. Este exército de caridade é classificado em sete agrupamentos ou Legiões (alguns as chamam de Povos).

I – LEGIÃO DOS DOUTORES OU MÉDICOS:
Composta por doutores da medicina ocidental convencional ou ho¬meopatas : Dr. André Luiz, Dr. Ro dolfo de Almeida, Dr. João Correia, Dr. José Gregório Hernan déz, entre outros.

II – LEGIÃO DOS MÉDICOS ORIENTAIS:
Terapeutas orientais, especialistas em fitoterapia, acupuntura, massagem e nas principais disciplinas médicas tradicionais da Ásia: Ramatis, Mestre Agastyar, Babaji.

III – LEGIÃO DOS CURANDEIROS:
Curandeiros e Xamãs nativos das Américas, África e Oceania : caboclos e pretos velhos, feiticeiros tradicionais, alguns exus – como o Exu Curador, Seu Maramael.

IV – LEGIÃO DOS REZADORES:
Rezadores, benzedores e os praticantes da medicina religiosa ou espiritual. Aqui encontramos todo os que curavam pela imposição das mãos, fé e oração : Pai João Maria de Agostinho, Pai João de Camargo, Vó Nhá Chi ca, Mestre Philippe de Lyon, Abade Julio.


V – LEGIÃO DOS RAIZEIROS
Praticantes da medicina folclórica e mágica regional. São os mestres juremeiros brasileiros, os ervateiros ou chamarreiros das Américas e todos os especialistas na flora, fauna e minerais curativos: Dom Nicanor Ochoa, Mestre Inácio, Mestre Carlos de Oli¬veira, Mestre Rei Heron.
VI – LEGIÃO DOS CABALISTAS E ALQUIMISTAS:
Espíritos dos velhos cabalistas e alquimistas, conhecedores dos segredos das plantas e cristais : Pai Isaac da Fonseca (primeiro cabalista brasileiro), Nicolau Flamel, Paracel sus, Pai Jacó.
VII – LEGIÃO DOS SANTOS CURADORES:
Santos católicos celebrados como médicos, curandeiros ou especialistas na cura de alguma doença : Santa Luzia – olhos, Santa Ágata – seios, São Lazaro – doenças de pele, São Bento – envenenamentos.
Extraído do Templo de Umbanda



http://trupiqueinataubinha.blogspot.com/2008/04/linha-do-oriente-na-umbanda.html

http://www.seteluzesdivinas.org/index.php?option=com_content&view=article&id=30&Itemid=30

http://estudoreligioso.wordpress.com/category/povo-do-oriente/

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Umbanda dentro do Cotidiano


Como sempre dizemos:

Ser umbandista dentro do terreiro é fácil, mas e fora dele?! Seguramente isso não é nada fácil.

Como toda religião a Umbanda tem como objetivo aperfeiçoar o espírito, que está em constante evolução. A doutrina Umbandista vem preparando todos nós para que cada vez mais possamos melhorar conosco e com o próximo. Então não basta ser uma pessoa caridosa, bondosa, correta só no terreiro. Devemos dar o nosso maior exemplo fora dele.

O Umbandista não deve provar nada a ninguém, mas suas atitudes são MUITO OBSERVADAS por todos, pois quem não conhece a Umbanda em seus reais fundamentos acreditam que ela não passa de:

• Uma religião sem doutrina
• Não passa de puro fetiche (feitiçaria)
• De militantes ignorantes, que nada tem a oferecer a sociedade atual.

PORTANTO UMBANDISTA DE VERDADE DEVE MOSTRAR:

COM SUA CONDUTA,SUAS ATITUDES TODO O ENSINAMENTO QUE RECEBE DENTRO DO TERREIRO, ATRAVÉS DAS ENTIDADES E DOUTRINA.

ESSE É O CAMINHO PARA FAZER A DIVULGAÇÃO E TRAZER O RESPEITO PARA A RELIGIÃO-CIÊNCIA.

A principal missão das entidades do Movimento Umbandista é tão somente prestar a caridade. E por sua vez, a dos médiuns também deveria ser. Mas não apenas no terreiro, mas em todas as áreas da sua vida.

Conhecemos muitas pessoas que se dizem umbandistas, e fora do terreiro tem uma conduta completamente contrária àquilo que pregam. Ora devemos pelo menos ser coerentes com aquilo que falamos e fazemos, não podemos dizer: “Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. NÃO PODEMOS IR CONTRA AQUILO QUE ACREDITAMOS COMO REAL E VERDADEIRO. AQUELES QUE AGEM ASSIM É PORQUE NÃO TEM NENHUMA CONVICÇÃO DO QUE FAZEM.

Os ensinamentos das entidades devem ser aplicados diariamente em nossas vidas.

O médium incorporante deve registrar aquilo que seu mentor guarda em seu subconsciente durante as consultas, p/ que ele possa aplicar tais ensinamentos no seu dia a dia, em sua própria vida.

Nossa CARIDADE deve começar dentro de nossos lares, de nossas casas, com nossos familiares. É COM ELES QUE TEMOS AS MAIORES DÍVIDAS. Com já disse o sábio espírito ANDRÉ LUIZ, “os parentes são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do ser encarnado.

Isto significa que:

Geralmente nossa família é composta por seres ligados a nós em vidas passadas, e que tem conosco uma relação de créditos e débitos.

São nossos credores ou devedores de vidas passadas.

O lar é um templo redentor de almas endividadas. A família é o maior meio de ajustes entre os seres espirituais.

Qual forma mais sábia de fazer com que grandes inimigos de vidas passadas, com sentimentos recíprocos de ódio, vingança, mágoa e etc. se aceitem? É fazendo com que em vidas futuras compartilhem da mesma família como irmãos, pais, filhos, etc.

Conhecemos muitas pessoas que tem sérios problemas de entrosamento em seus lares, porque algum ou alguns de seus familiares tem problemas dos mais variados. Os mais comuns são em que o familiar é doente, tem problemas psíquicos, psicológicos, enfim, causa transtorno a todos seus familiares.
Nesses casos devemos conter nosso ímpeto rebelde, mantermos a calma e a paciência e tentarmos compreendê-los da melhor forma possível. Não devemos ser grosseiros nem estúpidos s e sim entendê-los do jeito que são. Seguramente esses seres doentes não estariam em nossa família por puro acaso, e sim porque alguns dos familiares têm graves débitos a cumprir com esses seres.

Na maioria das vezes os familiares foram responsáveis por essas anomalias em outras vidas, ou me fizeram muito mal e agora, de acordo com a Lei Divina, devem ajudar essas criaturas a saírem da situação em que se encontram. Não adianta ignorá-los, tratá-los mal, pois isso só irá agravar mais ainda sua divida perante aquele ser e a sua situação perante a Lei Kármica.

PORTANTO DEVEMOS DAR MUITO VALOR A NOSSA FAMÍLIA E AGRADECERMOS A DIVINA OPORTUNIDADE DE PODERMOS RESGATAR COM SEUS SERES ANTIGAS DIVIDAS DO PASSADO E FICARMOS EM EQUILÍBRIO PERANTE A LEI DIVINA.

DEVEMOS EVITAR OS GRAVES DESENTENDIMENTOS, pois agindo assim estamos agredindo a evolução, estamos incorrendo nos mesmos erros anteriores e dificultando ainda mais o consenso, que inevitavelmente terá que acontecer demore quanto tempo for necessário, portanto não devemos desperdiçar esta chance!

Devemos melhorar os contatos diretos ou indiretos com nossos pais, irmãos, tios, primos e demais familiares para que a Lei não venha cobrar-lhe NOVAS E MAIS ENÉRGICAS experiências em PRÓXIMAS ENCARNAÇÕES

A Umbanda não tem normas nem Leis que inibam a liberdade de ninguém. Ela não proíbe ninguém de fazer isso ou aquilo, ela apenas nos mostra o caminho, e cabe a cada um de nós, segundo nosso livre arbítrio, escolher por onde quer ir. As entidades sempre dizem:

A UMBANDA NÃO ESCRAVIZA, LIBERTA!

Ouvimos muitas pessoas dizerem: “isso minha religião não permite”, mas será que você realmente acredita naquilo?

A Umbanda acredita na capacidade de cada um escolher seu caminho, de saber o que realmente é ideal para si. É claro que às vezes necessitamos de alguns esclarecimentos, de alguém para mostrar o caminho a ser seguido, mas nunca de forma imposta. SOMOS RADICALMENTE CONTRA AQUELES QUE DIZEM QUE TUDO ESTÁ TRAÇADO, QUE NOSSO DESTINO JÁ ESTÁ SELADO.

Ora se assim fosse, para que vivermos se somos marionetes nas mãos de um Deus tão cruel, que nos faz sofrer para aprendermos a lição? Acreditamos em predisposições para tais circunstancias.

Exemplo:

Uma pessoa tem predisposição para morrer de infarto. Isto é uma predisposição, que conforme sua conduta em vida pode ocorrer ou não.

Há também aqueles que dizem saber exatamente quando vão morrer porque é seu destino. Como já dissemos, há uma predisposição e não uma imposição. De acordo com a nossa conduta, podemos antecipar ou prolongar a nossa vida terrena.


Essa é a famosa LEI DO KARMA ou das CAUSAS E EFEITOS. Todos temos uma predisposição para uma série de acontecimentos e realizações em nossas vidas, que podem acontecer ou não de acordo com a nossa conduta enquanto encarnados.


Infelizmente já ouvimos alguns de nossos amigos dizerem que a vida é para ser vivida intensamente, visando apenas prazer, porque estamos aqui a passeio. Acreditar nisso seria acreditar que

• Tudo que fazemos não tem importância como,

• Estudar, trabalhar, se aprimorar,

• Pois nada valerá quando morrermos, que tudo foi em vão,
É estar completamente sem perspectivas de encontrar um mundo melhor

• De acreditar na imortalidade do espírito,

• De acreditar na evolução.

Devemos ter ciência que a nossa estadia no planeta como encarnado é uma benção divina. Muitos seres perdidos, emaranhados em seriíssimas confusões, mentais e astrais, aguardam ansiosos por essa oportunidade, visando melhorarem-se e diminuírem os débitos adquiridos em vidas passadas.

A reencarnação é:

• Uma solução bendita,

• É a misericórdia divina,

• É a chance que Deus dá a todos os seres,

• A cada encarnação temos a oportunidade da evolução, para a libertação do espírito.

Se estamos no corpo físico, é porque temos sérios compromissos a cumprir. Quantos e quantos seres desencarnados atolados no mal, gostariam de ter essa oportunidade, e reencarnar para saldar suas dividas perante a Lei.

Só para deixar bem claro:

Se estamos encarnados: não é por acaso, temos sérios compromissos a cumprir, muitos credores batem à nossa porta.

Então não se iluda pensando que a vida é uma eterna diversão, que estamos aqui para gozar dos prazeres da vida terrena.

Há coisas muito mais sérias esperando por você desperte para realidade!
A doutrina de Umbanda tem justamente essa finalidade, de ajudar as pessoas a enfrentarem os problemas do cotidiano com paz e serenidade, colocando em pratica o que é aprendido com as entidades. Nos revela de forma clara e simples, o modo ideal de encararmos a vida como ela realmente é.

A nossa preocupação é dar formação espiritual, para que as pessoas possam levar suas vidas com mais tranqüilidade, entendendo os porquês de certas coisas acontecerem tão freqüentemente, pois tendo tais conhecimentos, seguramente suas vidas serão mais amenas e mais intensivamente vividas.

A intenção das entidades de Umbanda é fazer com que a vida das pessoas possa ser compreendida de uma forma melhor, que as pessoas não encontrem tanta dificuldade em entender as coisas que a ciência não consegue explicar, tais como a morte, Deus e etc.

Os umbandistas não são melhores nem piores que ninguém. Não temos qualquer vocação para “santos”. Queremos ser apenas o que somos, pessoas normais como todas as outras, que acreditam em um Deus e na imortalidade do espírito.

Dizemos isto porque muitas pessoas acham que ser religioso é ser santo, é privar-se das coisas boas da vida. Conversa mole!!! Isto é pura preguiça, é falta de coragem de encarar a vida de frente. Alguns têm até vergonha de dizerem que freqüentam ou que são praticantes de alguma religião. Imaginem só!...

Acreditamos que a vida material é importante, mas não teria o menor sentido sem a vida espiritual, pois só levaremos as nossas ações, nosso comportamento enquanto encarnados, a nossa educação espiritual será a nossa maior riqueza.
Os mentores do Astral, irão nos direcionar após o desencarne segundo a nossa conduta, de acordo com o grau de espiritualidade. Quando morrermos seremos todos iguais, o que irá nos diferenciar uns dos outros é o nosso Aura, que reflete todas as nossas ações, pensamentos, sentimentos através de sua coloração.

Por isso é que todos deveríamos dar mais importância ao nosso lado espiritual, nos educarmos espiritualmente.

A vida é muito boa, mas é uma etapa passageira, um dia passará. Vamos criar dentro de nós um sentimento de AMOR AO PRÓXIMO, afinal todos nós habitantes do planeta Terra, somos uma imensa família que resgata junto algo que foi perdido há milhões de anos atrás, a Tradição Cósmica.

Portanto deixemos de lado as mesquinharias materiais e vamos nos preocupar com a essência espiritual. Não devemos nos esquecer que temos um compromisso a cumprir e um caminho a seguir. Não podemos nos deixar levar pelas grandes ILUSÕES da vida terrena.

O que é ser uma pessoa espiritualizada?

• Ser mais compreensivo

• Ser mais gentil

• Mais atencioso com as pessoas

• Não julgar

• Se não puder ajudar, não atrapalhe.

• O bom comportamento e sentimentos só nos aproximam de BONS ESPÍRITOS. (é a lei da afinidade)

VAMOS LÁ, NÃO CUSTA NADA TENTAR!

VOCÊ NÃO VAI SE ARREPENDER!

GRANDES AMIGOS O ESPERAM.


Texto postado na comunidade UMBANDA EM AÇÃO pela irmã Cristina Tormena (Cris)

Retirado do livro: A UMBANDA AO ALCANCE DOS JOVENS - Autor: Domingo Rivas Miranda Neto (ITAMIARA)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cromoterapia






A Cromoterapia é uma técnica usada através do uso das cores, que busca a harmonização do mental e o físico.
A Aura da saúde pode alterar-se muitos anos antes dos sinais da doença tornarem-se visíveis ou sintomáticos,é na aura que o processo tem início, e, é onde deve ser primeiramente curada.
Qualquer pessoa pode aprender e praticar a Cromoterapia., mas na realidade ela é muito mais que uma aplicação de luz determinada, sobre um ponto do corpo, apesar de não haver necessidade de poderes especiais para a prática desta técnica.
A partir de um diagnóstico clínico ou emocional, a Cromoterapia funciona como uma técnica de apoio, onde torna o organismo mais receptivo a outras manobras medicamentosas necessárias a cada caso.
Cor é vida, e o que a cor manifesta pela luz é a expressão visível do divino. Novidade a Cromoterapia, não, desde os tempos primitivos, tendo como registros no Egito, China, Índia já possuíam um sistema de cromologia. Na modernidade está sendo demonstrada a sabedoria dos antigos quanto ao uso da cor nos processos de cura , visto que a doença é uma busca da harmonia psíquica. Entra neste momento a Cromoterapia que através da aplicação de feixes de luz faz a harmonização de nossas energias vitais e nossas emoções.

A partir do momento que descobrimos a ação de diferentes cores sobre cada um dos nossos órgãos, com uma aplicação correta nos mesmos, acionamos energeticamente através da cor o equilíbrio do órgão, restaurando adequadamente no interior do corpo todas as energias coloridas.
São sete os raios primários:




VERMELHO - o centro mais baixo, na altura do cóccix, que corresponde ao chacra raiz ou básico, é estimulante, mas, contra- indicado em casos de inflamações, deve ser sempre usado com cautela.
LARANJA - chacra umbilical, esplënico, na parte posterior da cintura, é cor da felicidade, estimula a ambição e a bondade nas pessoas, pode se usado no tratamento de bronquites, moléstias dos pulmões, etc...
AMARELO - usado no chacra do plexo solar, comumente chamado de boca do estömago,, indicado para falta de confiança, otimismo, estimula as faculdades mentais, problemas de fígado e diabetes.
VERDE – na altura do esterno, em linha com o coração, chacra cardíaco, é a cor da paz, da harmonia, da saúde, trabalha a renovação dos sentimentos no aspecto psicológico, também indicado para prisão de ventre, memória fraca, dores de cabeça, ect..

AZUL – localizado no centro da garganta, o chacra laríngeo, o maior poder de auto-expressão do homem, a fala, indicado para casos insônia, diminui o ritmo respiratório, medo, ciúme, dores de cabeça, etc...

ÍNDIGO – localizado no terceiro olho, o chacra frontal, um purificador da corrente sanguinea, , atua sobre as glândulas paratireóides, libera medos e inibições, etc...

VIOLETA - localizado no centro da cabeça, chacra coronário e está relacionado com a glândula pituitária, o centro da compreensão espiritual por onde o nosso Eu interior faz o contato com o Eu Cósmico. Este raio pode ser usado no tratamento de doenças nervosas, reumatismos, etc....




Falar sobre Cromoterapia é apaixonante, é um tema sem limites quanto a sua abrangência física e emocional, pois seu objetivo é reconstituir o corpo etérico através da aplicação da cor correta nos chacras, tornando-o capaz de vitalizar o corpo físico.

Os antigos egípcios sabiam do poder e influência da cor e em seus grandes templos, como Karnak e Tebas, existem salas coloridas em que se praticavam pesquisas sobre o uso da cor e cromoterapia.
Manuscritos desde os tempos primitivos mostram que na Índia, China e Egito possuíam um sistema completo de cromologia baseado na lei da correspondência entre a natureza do homem e a divisão do aspectro solar, assim as leis fundamentais e os princípios que governam a energia cósmica que conhecemos sob a designação de cor sempre estiveram presentes nos ensinamentos da Sabedoria Antiga destinada aos mestres e terapeutas de todos os tempos.
Sabendo-se que a moléstia é uma busca de harmonia no sistema, a idéia das técnicas cromoterápicas é a busca de um equilíbrio corporal através da aplicação de feixes de luz coloridas sobre o corpo.
Embora a cromoterapia, do mesmo modo que muitas das ciências alternativas na atualidade tenham suas raízes no passado, em nossos tempos o interesse começou realmente com experimentos com plantas por Robert Hunt.
Mas Ghadiali, cientista indiano postulou que as cores representam potenciais químicos em altas oitavas de vibração e como os diferentes raios coloridos têm efeitos terapêuticos diversos sobre o organismo.
Para cada órgão e sistema do corpo há uma cor particular que estimula e outra que inibe o funcionamento desse órgão ou sistema.
Conhecendo a ação de diferentes cores sobre diferentes órgãos e sistemas do corpo, pode-se aplicar a cor correta que tende a equilibrar a ação de qualquer órgão ou sistema que se tornou anormal em seu funcionamento ou condição.
O processo de se viver com saúde envolve um equilíbrio adequado no interior do corpo de todas as energias coloridas. Quando este equilíbrio é perturbado advém a doença. O objetivo da ciência de curar pelas cores é combater a moléstia através da restauração do equilíbrio das energias da cor no interior do corpo.
No ser humano há dois processos básicos que funcionam o tempo todo, o anabolismo e o catabolismo. O primeiro é um processo construtivo e reparador, ao passo que o segundo é o oposto e promove a eliminação de produtos tóxicos ou supérfluos do corpo. A boa saúde só pode ser mantida e for mantido o equilíbrio necessário e adequado entre os processos de anabolismo e catabolismo que representam conjuntamente o metabolismo.


VERMELHO é a cor da construção, isto é mantém o número de hemácias no corpo e estimula o fígado, e segundo Ghadiali violeta é a cor que ativa o baço, é a cor da destruição ou catabolismo, descobriu ele que o baço destrói as células vermelhas (hemácias) do sangue quando estão muito velhas produz as células brancas do sangue, os leucócitos que combatem as bactérias.
O vermelho estimula o fígado ao passo que o violeta estimula o baço, então encontramos a cor central que é o verde, que é a cor que ativa e encoraja o funcionamento da glândula pituitária, a glândula mestre a supervisora de todas as outras glândulas e afetando por conseqüência todas as partes do corpo.
Surge então a pergunta, porque empregar a cromoterapia quando há tantos outros métodos?A resposta é que a cromoterapia apresenta inúmeras vantagens e entre elas é que a cromoterapia reconhece que o desvio do corpo em sua percentagem normal, para mais ou para menos no seu equilíbrio é a principal causa das moléstias. Por outro lado não usa nenhum tipo de resíduo que o corpo tenha dificuldade em eliminar, a cromoterapia não trata os sintomas, dirige-se a raiz do desequilíbrio.
A cromoterapia emprega o tipo de remédio que é mais próximo dos constituintes da aura que são os raios (cores).




OS SETE CORPOS SUTÍS

A primeira aura é aquela que emana do corpo físico-etérico e sua base é o centro da espinha. O corpo etérico contrário ao vital do físico capta o prana ou energia vital da atmosfera e a distribui pelo sistema.
Num corpo sadio a primeira aura se irradia através de linhas retas e regulares a partir do centro do corpo para o exterior. Em caso de doenças as linhas parecem cair algo, como condutores luminosos curvados.
A segunda aura emana do centro astral ou emocional no baço e circunscreve o corpo astral estendendo-se por cerca de trinta centímetros do corpo. Qualquer variação de pensamento ou emoção causa uma mudança nessa aura, esta camada vibra e se altera continuamente. Quando harmônica, costuma ser brilhante e luminosa indicando equilíbrio emocional.
A terceira aura é a expressão da estrutura intelectual do homem e sua força depende do desenvolvimento de suas faculdades, que por sua vez, depende da educação que tenha recebido. Esta aura é oval e emite uma cor amarelo pálida quando desenvolvida. Na pessoa bem equilibrada e inteligente, a aura é brilhante e viva, mas quando a mente é desequilibrada aparecem manchas escuras.
A quarta aura é a emanação da mente superior do homem ou principio espiritual. Sua cor é verde. Estamos aqui no domínio da imaginação, inspiração e intuição, da criatividade em arte e literatura.
A quinta aura interpreta as anteriores. Essa aura manifesta a essência do espírito do homem. A ciência oculta nos diz que as condições nas formas inferiores de consciência é o resultado das forças ocorrentes no corpo espiritual. É a estação receptora de todos os dados dos aspectos inferiores e grava as impressões recebidas por eles. A quinta aura é a mais importante, posto que é o ponto de união entre o indivíduo e o cosmos. Há uma delicada faixa entre a vida individual e o oceano de consciência compartilhada por todos.
A sexta e sétima aura são superiores pertencendo mais aos aspectos cósmicos que aos indivíduos em particular. O homem médio não desenvolveu seu potencial a tais alturas e essas auras só podem ser vistas circundando o corpo de iniciados e mestre.
Neste momento não podemos deixar de falar de uma forma mais abrangente sobre os chacras para que haja um melhor entendimento de como a cromoterapia pode ser usada, pois se interligam ao físico nos sete centros e dos raios que atrai uma cor predominante necessária para a harmonia do indivíduo como um todo.
Uma condição em desarmonia implica que há excesso ou falta da vibração de uma determinada cor. Isto pode ocorrer através de algum agente externo, como um acidente, ou interno, através de uma mente que guarda uma grande quantidade de pensamentos negativos que alteram as vibrações.
Num corpo completamente sadio os fluxos de energia são harmoniosos e absorvidos pelos chacras. O oposto acontece quando há um bloqueio de um tipo ou outro num dos corpos sutis.
Como já foi demonstrado em desenho nesta página temos os sete raios primários distribuídos ao longo da base da coluna ao alto da cabeça que são em número de sete e que cada um dos quais possui uma cor em particular, estes chacras ou vórtices se ligam com a espinha em intervalos regulares.
A energia entra no corpo através dos chacras sendo então redistribuída para todo o corpo.
Vejamos então, os chacras vermelho e laranja governam o nível físico e etérico no homem e suprem as energias vitais requeridas por esses corpos, embora devemos lembrar que as atividades dos chacras não são somente localizadas, e sim canais que distribuem a energia.
O chacra amarelo governa o mental inferior, e também está relacionado com as influências emocionais.
O chacra verde chamado de cardíaco governa o mental superior, mas também influência as emoções superiores como a simpatia, ternura, compreensão e compaixão.
O chacra azul ou laríngeo (garganta) é o centro dos instintos religioso e espiritual.
Os chacras vermelho, azul e amarelo precisam trabalhar e estar harmoniosos para que haja realmente saúde física e mental.
Os chacras violeta e índigo são transcendentais e regulam as altas aspirações da alma, expressam clarividência, intuição espiritual.
A cromoterapia pode restabelecer o equilíbrio quando uma moléstia foi causada por um bloqueio ou redução de entrada de energia através dos chacras ou em sua circulação.
A área em desarmonia indicadora de moléstia deve ser tratada com raio para desobstruir o circuito. A respiração de cores também pode ser usada para o restabelecimento ou manutenção da saúde.
A cura pela cor não é apenas uma força física, mas espiritual, formando assim um vínculo entre o nosso corpo físico e as forças finas ou vibrações de níveis mais elevados da consciência e crescimento espiritual.
A cromoterapia baseia-se na teoria de que cada indivíduo tem necessidades específicas de cores específicas e de que a saúde mental e corporal baseia-se no fato de que o corpo obtenha um fluxo equilibrado e de acordo com suas necessidades, isto é suficiente para dar condições ao corpo para reconstruir, restaurar e revitalizar qualquer órgão a fim de mantê-lo saudável e livre de moléstias.
Falaremos agora especificamente sobre os raios, uso específico e indicações.


VERMELHO

Este é o raio que fornece ao nosso corpo físico energia e vitalidade. A energia entra através do chacra básico na raiz da espinha e que se relaciona com o centro gonático ou coccigeano (cóccix). A vitalidade física do corpo depende da entrada correta e suficiente do raio vermelho, particularmente referente às funções restauradoras, procriadora e criadora e o tratamento com esta cor estimula este centro.
Aumenta o calor e temperatura do corpo, estimula a circulação do sangue e permite a liberação de adrenalina.
Dispersa os sentimentos de cansaço e inércia, resfriados e constipações crônicas; sua atuação é sempre de expansão.
O efeito do raio vermelho, psicologicamente é sobre o sistema nervoso, eleva, transmite maior confiança, iniciativa e faz superar a depressão, estimulando a força de vontade, coragem e o poder de lidar com a vida, ativa a vitalidade física, sexualidade, competitividade, abre o apetite, sendo excelente para dar mais ânimo e crédito a si mesmo.
Poderia ainda ser indicado nos casos de anemia, má circulação, problemas sanguíneos onde a vitalidade é parca ou o estado mental é de depressão, medo ou preocupação.
É contra nos casos de febre, pressão alta e problemas cardíacos.
O excesso de vermelho pode provocar agressividade e irritabilidade, induz a uma ação impulsiva guiada pelo instinto portanto, deve ser usada com moderação.
Como auxílio, sugerimos que a dieta do paciente contenha beterraba, ameixa preta, cerejas, groselhas e quaisquer vegetais que contenham ferro.
Sua ausência pode causar perda de iniciativa, de autoconfiança e de vontade


LARANJA

O raio laranja controla o segundo chacra, o esplênico, auxilia nos processos assimilativos, distribuidor e circulatório do corpo.
De poderoso efeito tônico, libera as funções corporais e mentais, fornece energia física e estimulação mental, e frequentemente é chamado de raio da sabedoria pois estando entre o raio vermelho e o amarelo aciona tanto a vitalidade quanto ao intelecto.
Sob o ponto de vista psicológico o raio laranja é maravilhoso para remover repressões e inibições, ajuda a ampliar a mente e torna-la receptiva a novas idéias e quando ocorre algum tipo de retardo mental auxilia na elevação do nível mental e por ampliar os limites mentais aumenta a compreensão e a tolerância é também a cor da liberdade, concentração e independência..
Como o raio laranja é absorvido pelo chacra esplênico pode ser usado no tratamento de desordens e infecções do baço bem como nas moléstias dos rins. A bronquite e outras moléstias dos pulmões podem ser tratadas com o uso do raio laranja e respondem também ao tratamento os cálculos biliares, e paralisias de origem emocional.
Como auxílio, recomendamos a dieta, contendo vegetais e frutas com cascas alaranjadas como: laranja, mangas, pêssegos, cenouras e tangerinas.
Sua ausência pode causar ansiedade, impaciência e dificuldade de adaptação.


AMARELO

Depois do branco este é o raio que fornece o máximo de energia e é absorvido através do terceiro chacra, o plexo solas, que é na verdade um centro muito importante para todo o sistema nervoso e no controle dos processos digestivos.
Sua ação é eliminada no fígado e no intestino uma vez que é purificador de todo o sistema mas, particularmente na pele em que manifesta suas poderosas propriedades curativas.
É um raio mental e estimula o sistema nervoso, digestivo e muscular, é a cor do otimismo, da alegria, alivia a sensação de esgotamento mental.
Sob o ponto de vista psicológico o raio amarelo estimula o raciocínio lógico e os poderes de raciocinar, melhora o autocontrole ao inspirar as faculdades mais elevadas.
Somos estimulados e nosso espírito elevado simplesmente ao contemplar o amarelo e o laranja posto que estas cores se parecem mais estritamente com o amado brilho dourado dos raios do Sol de que nossos corpos necessitam.
O amarelo é uma cor que dá uma atitude harmoniosa em relação à vida, favorecendo o equilíbrio e o otimismo.
O uso do raio amarelo é indicado nos casos de exaustão nervosa, quando ocorrem problemas de pele, e os problemas correlatos de constipação intestinal, problemas de fígado e diabetes.
Como auxilio recomendamos que a dieta contenha frutas e vegetais de casca amarela como por exemplo limões, bananas, abacaxis e milho.
Sua ausência pode levar a timidez, medo de críticas, tendência para a tristeza e introspecção.


VERDE

Verde é a cor da natureza, do equilíbrio, da paz e da harmonia, tem poder restaurador, purificador e de esperança. Quando vivemos em áreas essencialmente urbanas nos dirigimos ao campo na busca de harmonia e tranqüilidade e reforço das baterias porque o campo suaviza, nos preenche nos inspira à paz.
Antigamente os hospitais tinham suas dependências pintadas de branco, hoje, com alegria constato que o verde em nuances claras e agradáveis tem tomado o lugar do branco pois ele produz um ambiente calmo com energia necessária ao equilíbrio de nossa psique.
Este é o raio que é absorvido pelo chacra cardíaco e controla o centro cardíaco.
Verde também é a mistura do azul e amarelo influenciando poderosamente o coração e a pressão sanguínea.
Tem um poderoso efeito calmante sobre os nervos e é provavelmente sua falta em algumas das áreas construídas como selvas de pedra do mundo moderno que colabora para o crime e a delinqüência.
Sob o ponto de vista psicológico o raio verde dá um sentimento de renovação, de nova vida, de frescor e brilho, alguma coisa que lembra o início da primavera.
Este raio não governa apenas o coração físico, mas também os problemas emocionais e repressivos que levam aos problemas cardíacos, que são frequentemente devidos ao medo de dar, de se envolver ou de ser ferido.
Tais problemas emocionais e psicológicos se continuados durante um longo período podem terminar facilmente numa elevação da pressão sanguínea e em ataques cardíacos.
Portanto o raio verde é reparador, restaurador e pode ser usado para aliviar as dores de cabeça, gripe, harmonização de células, sistema nervoso, sintonizando todo o corpo.
Como auxílio use na dieta todos os vegetais e frutos verdes que não são de reação ácida ou alcalina.
Sua ausência causa desorganização, atrasos com compromissos assumidos, percepção falha.


AZUL

Do mesmo modo pelo qual o raio vermelho é um expansor e estimulador, o raio azul é o oposto isto é, é restritor (contrai, encolhe, diminui) muito indicado para ser usado em locais em que os conflitos estão presentes.
Este raio é estabilizador e desacelera de modo que serve para combater as doenças infecciosas quando promovem elevação da temperatura, favorece o sono.
Sua grande propriedade é a de ser anti-séptico e sua luz é refrescante e adstringente.
Azul é a cor do centro da garganta, o centro que controla o maior poder de auto-expressão do homem: a fala, corresponde ao chacra laríngeo.
Quanto ao ponto de vista psicológico o raio azul traz quietude e paz mental, particularmente quando ocorre um estado de maior excitação, mas, pode ser tão relaxante que a sua falta requeira uma aplicação com vermelho ou laranja.
O raio azul pode ser empregado para aliviar diferentes dores como problemas de garganta de todos os tipos, febre e moléstias de crianças como sarampo, caxumba, inflamações, espasmos, comichões, dores de cabeça e é também indicado para casos de choque, insônia, é relaxante e analgésico.
Como auxilio inclua na dieta ameixas, uvas passas e ameixas pretas.
Sua ausência pode causar resistência à mudanças, inflexibilidade, não entendimento da palavra liberdade.


ÍNDIGO

O raio índigo entra e circula em torno do chacra situado atrás da testa, o chacra chamado terceiro olho.
Afirmam os estudiosos que controla a glândula pineal e é maravilhoso purificador da corrente sanguínea.
De modo similar ao raio laranja ajuda a expandir a mente e a libera de medos e inibições, índigo é a combinação de azul escuro com uma pequena quantidade de vermelho.
A glândula pineal se relaciona com o potencial nervoso, mental e psíquico do homem, de modo que os órgãos da visão e audição, encontram-se sob a influência do raio índigo.
Sob o ponto psicológico clareia e limpa as correntes psíquicas do corpo. Sempre tem poderoso efeito em complicações mentais graves como obsessão e outras formas de psicose.
O raio índigo purifica e estabiliza onde quer que os temores e repressões tenham causado moléstias mentais graves.
O índigo pode ser usado no tratamento das afecções dos olhos, ouvidos, nariz, moléstias dos pulmões, asmas e dispepsia.
A surdez pode, em alguns casos ser o resultado de uma recusa de ouvir a voz da consciência ou iluminação ou simplesmente da voz dos que estão próximos ao paciente. Aqui parece ocorrer uma interiorização da atenção. Naturalmente nem sempre é assim, mas em todo caso o raio índigo pode ser de grande ajuda em qualquer problema de ouvido, nariz e garganta.
Na dieta podem ser usados os alimentos listados para o raio azul e também os que foram apresentados para o raio violeta.
Sua ausência causa medos e frustrações as vezes inexplicáveis.


VIOLETA

Esta é a mais alta vibração de todos os raios cósmicos de energia. Controla o chacra coronário e é relacionado com a glândula pituritária, que é o centro da compreensão espiritual e intuitiva.
É indicada para ambientes que favoreçam a criatividade, é a cor que representa o poder e a riqueza.
O raio violeta atua de modo mais tranqüilizante e calmante sobre os sistemas nervosos cansados que devem recebê-lo em abundância sempre.
Contudo seu emprego mais efetivo em termos de resposta ocorre principalmente naqueles que têm natureza nervosa, excitada, desbloqueia e purifica a mente.
Artistas, atores e músicos apresentam amiúde desordens da personalidade e é o raio violeta que pode restaurar-lhes a paz e a calma.
Em termos psicológicos este é o raio de luxo que tem um maravilhoso efeito curativo sobre todas as formas de neuroses e manifestações neuróticas.
Pode ser usado na assistência do desenvolvimento das faculdades espiritual e intuitiva.
Por exemplo, antes de iniciar um exercício de concentração ou meditação, a cor pode ser visualizada ou ainda quando houver dificuldade, coloque um pedaço de uma cartolina, papel ou tecido dessa cor diante de quem vai meditar apenas como estimulante das faculdades psíquicas e espirituais.
Violeta pode ser empregado no tratamento de todas as moléstias mentais e nervosas e também nos casos de reumatismo, tumores, afecções dos rins e bexiga.
Na dieta de auxílio inclua berinjelas, uvas, amoras, brócolis, beterraba.
Sua ausência aumenta os sentimentos de rejeição, medo, incompreensão, e incapacidade de observação detalhada.


BRANCO

Branco é a união de todas as cores. É a cor da paz, pureza, refinamento e expansão, e por ser união de todas as cores é vibrante e estimulante pois não podemos esquecer que no momento em que a usamos estamos usando todas as cores.
Transmite claridade, amplia situações, produz a troca de energia mantendo a verdade nua e crua, por outro lado um ambiente pintado de branco torna-se monótono levando à dispersão, não sendo aconselhável para qualquer lugar que se deseje encontrar pessoas atentas.
Sua ausência traz tendência para a instabilidade emocional e a falta de senso comunitário.


ALGUNS TRATAMENTOS DE ACORDO COM A COR

RAIO VERMELHO
Este é o elemento fogo, estimulando e excitando os nervos e sangue libera adrenalina, ativa a circulação do sangue e revitaliza o corpo físico, mas sendo um estimulante deve ser usado com muita cautela, não deve ser usado sozinho sendo conveniente usar a seguir o raio verde ou azul.
É contra indicado em casos de inflamações e distúrbios emocionais.

ANEMIA
A respiração de vermelho bem como a ingestão de alimentos listados na descrição do raio vermelho devem ser incluídas no tratamento.
O raio pode ser administrado inicialmente na sola dos pés e após no chacra básico à distância de aproximadamente quinze centímetros.
Sugerimos a aplicação durante 5 minutos nas solas dos pés, prosseguindo pelo mesmo período pela barriga da perna, joelhos, coxas culminado no chacra básico.
Encerra-se com uma aplicação geral com o raio verde ou azul por 3 minutos.


PARALISIA
No primeiro instante aconselha-se a aplicação geral por 3 minutos do raio amarelo para auxiliar o paciente a reorientar seu estado mental que deve estar confuso.
Após aplique o raio vermelho no chacra básico por dez minutos, na solas dos pés por 5 minutos e em seguida nos joelhos e pernas por 5 minutos.
Tais períodos podem variar pois é determinado pelo terapeuta que é soberano diante do quadro clínico do paciente.


RAIO LARANJA
Fortalece os pulmões, pâncreas e baço, ativa as emoções e cria um sentimento de bem-estar.
É uma cor estimulante, quente e pode, como o raio vermelho ser usada para a falta de vitalidade, espasmos musculares e câimbras.
Por exemplo, uma pessoa idosa sem qualquer diagnóstico clínico que justifique a queixa de falta de forças, desânimo.
Deve-se dar um banho geral do raio laranja sobre todo o corpo todo por 5 minutos e após concentrá-lo no plexo solar e na base do cérebro por 10.

ASMA
Novamente o raio laranja é indicado neste caso, embora seja muito mais imperativo que normalmente o uso da correta respiração e o exercício da respiração do raio laranja, rigorosamente todos os dias.
É na respiração profunda, que os pulmões são limpos pelo uso dos músculos da base do peito e superiores do estômago
A atitude mental deve ser positiva e otimista.
O tratamento consiste em dirigir o raio laranja ao peito e à garganta pelo período de 10 minutos.
Notando-se melhoras e conveniente aplicar o raio azul à garganta durante 10 minutos.

BRONQUITE
Se a moléstia tem um longo histórico, os resultados serão também obtidos a longo prazo.
A prática da respiração é de extrema importância e não deve ser deixada de lado.
No tratamento o raio laranja deve ser direcionado ao estômago e abdômen durante um período de 10 minutos podendo ser aplicados por um período mais extenso dependendo da necessidade do paciente.

ELIMINAÇÃO DO SENTIMENTO DE CULPA
A aplicação do raio laranja em todo o corpo por 10 minutos responde rapidamente nestes casos.


RAIO AMARELO
Ativa os nervos motores e gera energia muscular, estimula o fluxo da bile, faz bem para a pele e sob o ponto de vista psicológico elimina ou reduz a depressão.
Esta é uma vibração positiva e atua sobre o sistema nervoso, influenciando a atitude mental e a vitalidade orgânica.
O centro do plexo solar é o mais crítico de todos para vitalização do corpo todo, pois atua como um assimilador e distribuidor de energias para os demais chacras.

DIABETE
A luz amarela deve ser dirigida ao centro do plexo solar durante 10 minutos e o tratamento deve ser feito lentamente.

FLATULÊNCIA
O tratamento para este tipo de moléstia é simples, bastando tomar água solarizada por amarelo lentamente entre as refeições.

CONSTIPAÇÃO
A luz amarela deve ser dirigida ao estômago e abdome pela manhã e à noite.
Praticar a respiração colorida pelo amarelo e tomar pequenas doses de água solarizada pelo amarelo entre as refeições, contudo não devemos esquecer que o excesso de amarelo pode causar diarréia, posto que esta cor estimula o fluxo da bile.


RAIO VERDE
Raio da harmonia e equilíbrio, tem sua natureza tônica e exerce profunda influência sobre o coração e no suprimento de sangue. O verde reduz a tensão, estimula a construção de músculos e tecidos.

PROBLEMAS CARDÍACOS
Como já comentamos muitos estudiosos concordam que os problemas cardíacos são originados no corpo emocional e são frequentemente devidos a um sistema nervoso excitável.
A luz verde centralizada no chacra cardíaco harmoniza e cura.
No caso de pressão baixa a luz dirigida ao paciente deve ser escura e o tratamento deve durar 15 minutos já, nos caos de pressão alta deverá ser usada a cor verde pálida e empregada pelo mesmo tempo.

DORES DE CABEÇA
Geralmente o resultado costuma ser rápido e deve ser usado um verde claro sobre todo o corpo por 15 minutos.


RAIO AZUL
O raio azul é frio e adstringente com qualidade anti-séptica, controla o chacra laríngeo e produz uma vibração calma e pacífica podendo ser aplicado em todos os estados febris e inflamatórios e ainda, como antídoto do vermelho.
É contra-indicada sua aplicação em casos de resfriados, paralisias, reumatismos crônicos e hipertensão.

DOR DE GARGANTA
O raio deve ser focalizado na garganta durante 10 minutos e o paciente deve fazer gargarejos de água solarizada com a cor azul 4 vezes ao dia.

ROUQUIDÂO
Nestes casos indicamos tomar água solarizada com azul em pequenos goles durante o dia, praticar a respiração com a cor azul e receber aplicação com o raio azul por 5 minutos duas vezes ao dia.

ICTERÍCIA
Aplicar o raio azul no corpo por inteiro e ingerir pequenas doses de água solarizada com raio azul.

CORTES E QUEIMADURAS
A aplicação da água solarizada pelo raio azul auxilia na cura e alivia a dor.

REUMATISMO
Nos casos agudos recomendamos o emprego do raio azul por 10 minutos já, nos casos crônicos a aplicação do raio laranja é mais adequado.


RAIO ÍNDIGO
Este é o raio refrescante, adstringente, empregado para a moléstia dos olhos, nariz e ouvidos sendo também benéfico no tratamento de algumas desordens mentais e nervosas, podendo ser usado no tratamento de complicações pulmonares e estomacais.

DESORDENS MENTAIS
O raio índigo é eficiente no tratamento de desordens mentais quando o paciente é violento e excitável.
Quando ao contrário está deprimido e inerte, o raio laranja tem bom resultado.


RAIO VIOLETA
Purifica o sangue e mantém o equilíbrio do potássio do organismo.Atua sobre o corpo mais elevado do homem mas seu uso é contra indicado quando existe um retardo mental . Controla a glândula pituitária.

INDISPOSIÇÕES NERVOSAS
O uso do raio violeta é indicado quando o paciente está muito estressado e tenso e deve ser aplicado por 10 minutos no corpo por inteiro.

INSÔNIA
O tratamento com o raio violeta será mais eficiente e com resultados mais rápido quando o paciente for um sensitivo, devendo ser aplicado por 10 minutos no corpo por inteiro.


ÁGUA SOLARIZADA

Tomar água solarizada com cores é uma maneira prática e fácil para se obter os benefícios da cromoterapia.
E é simples o procedimento, basta pegar uma garrafa de vidro transparente limpa, envolve-la com papel celofane na cor indicada, enche-la com água potável e leva-la ao sol por um período mínimo de uma hora de o sol estiver forte, durante meio dia se o sol estiver fraco e por um dia inteiro se for um dia nublado ou chuvoso.
Esta água deverá ser absorvida em pequenas doses durante o dia, num período máximo de sete horas.
Não deve ser colocada na geladeira, e é aconselhável mantê-la em lugar fresco e arejado.

A cromoterapia é uma prática natural e faz parte do contexto das terapias alternativas que apesar de excelentes resultados, serve de apoio para os tratamentos convencionais da medicina ortodoxa, que não devem ser abandonados e tampouco abandonas as visitas ao seu clínico que é soberano pois um Cromoterapeuta não faz diagnóstico, apenas faz uma anamnése para traçar a sua linha de conduta.


DICAS INTERESSANTES
No caminho do estudo das cores encontrei algumas dicas que podem ser interessantes não deixarmos de lado.

HORÁRIO DE INCIDÊNCIA SOLARES

das 5 às 7 horas incidência da cor azul
das 7 às 9 horas incidência da cor verde
das 9 às 10 horas incidência da cor amarelo
das 10 às 12 horas incidência da cor laranja
das 12 às 14 horas incidência do infravermelho
das 14 às 16 horas incidência da cor violeta
das 16 às 17 horas incidência do ultravioleta
das 17 às 18:30 horas incidência da cor laranja

Não devemos também esquecer a responsabilidade com a saúde em determinados horários em que deve ser evitada a exposição aos raios solares.
Mas poderemos nestes horários, em dia de sol forte, aproveitarmos para colocar no horário correto a vasilha com água potável para procedermos à solarização, porque como podemos verificar a incidência ocorrem de 1 ao máximo de 2 horas.


LEMBRE-SE. Se você decide usar uma cor, está provocando uma vibração que gera uma reação ou um acontecimento.
A personalidade de cada cor causa impacto específico, mostra uma intenção, cria situação, ATRAI o que lhe é correlato, portanto:

USE CORES BRILHANTES QUANDO QUISER:
- sentir-se especial;
- estímulo para fazer o que tem de ser feito;
- audácia para fazer mudanças;
- provocar;
- levantar a energia, acabar com o baixo astral.


USE CORES SUAVES QUANDO QUISER:
- conciliar, ser aceita, obter adesão;
- ajudar ou ser ajudada;
- fazer sorrir;
- preservar harmonia, acabar conflitos;
- estimular evolução ou espiritualidade;
- dissolver barreiras.


USE CORES ESCURAS QUANDO PRECISAR:
- aparentar mais maturidade;
- controlar a si mesma e aos outros;
- esconder alguma coisa;
- passar seriedade, cerimônia, responsabilidade;
- agir com autoridade;
- cortar ou romper;
- manter firmeza.


USE CORES MANCHADAS QUANDO QUISER:
- integrar cores ou situações;
- não omitir opinião;
- facilitar, deixar fluir;
- conviver em ambientes desiguais ou ambíguos;
- soltar o que lhe incomoda;
- aumentar gradativamente alguma participação;
- ser diplomata;
Rememorar, lembrar de vidas passadas;
Soltar o que lhe incomoda.


USE BRANCO QUANDO QUISER:
- se aperfeiçoar;
- evitar tentações;
- ultrapassar o medo e a angústia;
- limpar o ambiente;
- ficar intocável ou inatingível;
- proteger-se quando estiver em um ambiente pesado;
- mostrar pureza de intenções;
- cultivar a solidão;


USE PRETO QUANDO DESEJAR:
- fortalecer seu poder e autoridade;
- fechar-se, manter distância, colocar barreiras;
- aumentar o mistério, ocultar, não divulgar;
- demarcar limites;
- despertar sensualidade física;
- ter segurança de que não ira errar;
- não se destacar já que num evento a maioria usa preto;
- mostrar tristeza;
- parecer mais velha.


USE CINZA QUANDO QUISER:
- fazer mudanças, viajar;
- transformar situações;
- pesquisar, analisar, observar;
- integrar oposições;
- mostrar certa diplomacia;
- ficar mais séria e competente;
- estudar mistérios, ciências ocultas.


USE DOURADO QUANDO QUISER:
- ter prosperidade e sucesso;
- ser admirada e marcar presença;
- atrair alegria, energia e saúde;
- aumentar a criatividade;
- aproximar-se de pessoas importantes.


USE PRATEADO QUANDO QUISER:
- meditar e transcender problemas;
- movimentar-se, viajar, ir além;
- ficar leve e refinada;
- tornar-se mestre, ter sabedoria;
- acelerar a vida;
- fazer viagens astrais;
- penetrar em outras dimensões;
- espiritualizar-se;
- aumentar suas visões, inspirações;
- estudar ciências ocultas;
- passar dignidade e um pouco de distanciamento.


USE AZUL QUANDO PRECISAR:
- relaxar, dormir, descarregar-se;
- conviver simpaticamente e sem maiores envolvimentos;
- refrescar-se;
- emagrecer, comer menos, fazer dietas;
- equilibrar o ambiente;
- expandir o intelecto e a percepção;
- curar e ser curada.


USE VERMELHO QUANDO QUISER:
- mais vigor, vitalidade;
- mais estímulo sexual;
- induzir a fertilidade;
- chamar a atenção, ser vista e ouvida;
- desafiar, envolvendo-se intensamente;
- mostrar orgulho;
- estimular ambiente;
- agitar.


USE AMARELO QUANDO QUISER:
- ser original e se destacar;
- atrair alegria e estímulo;
- mostrar independência de idéias;
- revitalizar-se;
- estudar, ativar a inteligência, rapidez de raciocínio;
- soltar-se mais;
- surpreender, estimular a comunicação;
- fortalecer ossos e evitar a prisão de ventre.


USE LARANJA QUANDO QUISER:
- fazer-se notada, ser inesquecível;
- sobressair-se;
- alegrar, animar festas;
- progredir, avançar;
- engordar, aumentar o peso;
- esquentar-se do frio;
- ser mais natural, menos contida;
- evitar reumatismo, problemas ósseos, recuperar-se de problemas ortopédicos.


USE VERDE QUANDO QUISER:
- tranquilizar, trazer serenidade ao ambiente, descansar;
- estimular a esperança;
- melhorar a saúde e o coração;
- contra infecções e a favor do sistema imunológico;
- proteger;
- ter isenção, neutralidade;
- evitar propagação, invasão, afastar os indesejáveis;
- tornar-se mais fértil produtiva;
- selecionar e solucionar;
- atrair silêncio.


USE ROSA QUANDO PRECISAR:
- demonstrar simpatia, afeição, solidariedade, aconchego;
- atrair proteção, cuidados, delicadeza;
- desbloquear o ambiente ou qualquer coisa dentro de si mesma;
- fazer bem ao espírito;
- aumentar a compreensão, evitar preconceitos;
- fazer contato, relacionar-se.


USE LILÁS QUANDO PRECISAR:
- refinar-se
- penetrar em outras dimensões;
- aperfeiçoar-se em terapias espirituais;
- prevenir-se contra doenças físicas e psíquicas;
- buscar união das almas;
- usar de sutileza;
- afastar-se de enfrentamentos e competições;
- resolver complicações com atitudes civilizadas e desprendidas.


USE ÍNDIGO QUANDO PRECISAR:
- ter domínio de uma situação;
- centralizar-se;
- comportar-se com maturidade;
- impor limites e controles;
- mostrar distanciamento emocional;
- fortalecer a inteligência em um nível mais transpessoal.


USE BEGE QUANDO QUISER:
- manter a neutralidade;
- ser zen;
- passar desapercebida;
- ser prática e democrática;
- aumentar a confiabilidade, mostrar lisura;
- ter sossego;
- evitar mudanças e muito movimento;
- esconder seus pensamentos.


USE MARRON QUANDO PRECISAR:
- ser prática, concisa, eficiente;
- quiser economizar;
- ser respeitada e levada a sério;
- não fazer concessões, dizer não;
- conviver com animais, andar na terra;
- parecer mais velha e dura;
- trabalhar duro;
- esconder sujeira.

CONSIDERE, qualquer cor funciona entre 8 ou 80. Excesso de verde pode dar apatia; carência de verde atrai barulho, diminui o sossego.
Usar uma cor é evocar a energia que habita dentro dela; usar o vermelho convoca a energia; a animação, a sensualidade, ela ouvirá e virá, então o mais aconselhável é usar o bom senso, através do equilíbrio sempre.
FAÇA BOM USO DAS CORES NO SEU DIA- A DIA E MODIFIQUE A SUA VIDA !

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