quinta-feira, 4 de março de 2010

O Umbandista e o Sexo


O sexo é algo natural e próprio das criaturas da Terra. A partir de uma visão preconceituosa (bíblica ou não) criou-se todo um tabu em torno dele. Deixou de ser algo natural, simples e inerente aos animais, e passou a ser classificado como pecado, abominação ou caminho da perdição.
Moisés e outros legisladores bíblicos utilizaram a proibição com o simples propósito de acabar com os abusos e os excessos praticados pelos hebreus que haviam saído do Egito cheios de vícios e maus costumes. Mais tarde, as igrejas cristãs utilizaram tais proibições como meio de coibir os fiéis e transformá-los em "doces ovelhinhas" do rebanho.
O sexo não é uma coisa tão horrível e tão nojenta como se pintam por aí. O acasalamento entre animais irracionais é tão comum e realizado de forma tão bonita - vejam todo o ritual de danças e sedução que os bichos fazem para encantar os parceiros!
Desde que seja feito com decência e ordem, e principalmente com o sentimento de amor ao próximo, o sexo e as relações amorosas entre irmãos da mesma casa umbandista não prejudicam em nada às atuações dos Espíritos e dos Guias mentores da Umbanda. Desde que não se cometam excessos e abusos, é aconselhável que pessoas que participam da mesma fé, do mesmo sentimento, da mesma corrente espiritual e dos mesmos trabalhos em favor dos necessitados unam-se também em amor para o bem comum. Como dizia São Paulo: "Não é bom que o homem fique sozinho (solteiro). É melhor casar-se, do que abrasar-se."
Há que se respeitar, no entanto, as leis humanas instituídas. As leis de determinado país ou região precisam ser obedecidas pois nisso está sabedoria e ordem. Certas atitudes são contrárias às leis e aos bons costumes, portanto devem ser evitadas, como a pedofilia, o adultério, a prostituição, o incesto, etc.
É inconcebível que o membro de uma corrente espiritual umbandista aproveite-se da falta de experiência ou imaturidade de um (a) menor para seviciá-lo (a) a fim de praticar sexo. É contra a lei instituída e contra os bons costumes.
Não é bonito um membro casado da corrente manter relações com qualquer outra pessoa da corrente (ou não) que não seja o (a) cônjuge. Também é infração da lei e causa muitas dores indesejáveis e conseqüências funestas.
Aproveitar-se do corpo para obter dinheiro ou qualquer outro bem material também é inaceitável. Ainda mais quando os pactuantes da ação fazem parte do mesmo agrupamento religioso. Neste tipo de prática existem aqueles que se aproveitam do sexo para ganhar favores espirituais da mãe, ou do pai de santo, e até mesmo dos filhos e consulentes. Torna-se um ato de prostituição, digamos, espiritual...
O incesto também não pode ser cultivado num ambiente religioso. Além da lei humana que a proíbe - no caso do Brasil, por exemplo - existe a grande questão que envolve esse tipo de prática: o estupro. Se se permite que um pai, ou mãe, tenha relações sexuais com um(a) filho(a) de sangue isso gera a liberdade e a possibilidade de começar o ato na tenra idade. Do incesto para o estupro, há a distância de um passo.
Todas as coisas que são naturais são permitidas, desde que feitas com sabedoria, decência e ordem.
Falta sabedoria quando um pai de santo casado pratique o sexo com qualquer pessoa da corrente ou não;
Falta decência quando um membro da corrente engana o(a) parceiro(a) e faz sexo com outra pessoa da corrente ou não;
Falta ordem quando uma criança é desrespeitada em seus direitos e é obrigada a suportar o bafejar e as secreções de qualquer adulto em um ato sexual.
Sexo não é A porta do inferno. Mas, pode se tornar UMA ponte para muitos infernos.



Julio Cezar Gomes Pinto

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